
A sede do concelho e vila de Vale de Cambra, que a princípio assentava ape-nas no lugar da Gandra, da freguesia de Vila Chã, alargou-se, depois, até dominar parte também das freguesias de Castelões e Macieira. E é assente na área limitada destas três freguesias, que a viemos encontrar.
Seguindo, estrada acima, depois de atravessar o rio Vigues, e vindo quer da estrada de Oliveira de Azeméis quer da de S. João da Madeira, é que surge pròpriamente a vila. E bonita de aspecto.
E nas suas construções de requintado modernismo vê-se que tem inspirado sobretudo o bom gosto e a noção pela estética urbanística.
Ao centro de um espaçoso largo onde se ergue o edifício dos Paços do Concelho, surge o jardim público. E este jardim, cuidado, com a água a jorrar de um repuxo transbordando de uma fonte decorativa em forma de concha redonda, para um pequeno lago.
À sua volta, árvores, canteiros de flores, tudo que faz falta, enfim, para o tornar um jardim delicioso.
Partindo deste ponto para o lado direito, temos a Avenida dos Combatentes, uma das principais artérias da vila.
Com uma fila de árvores de sombra cortando-a pelo meio, é daqui que se faz a partida de camionetas com ligação para qualquer ponto do País.
Outras ruas se ligam por cruzamentos, etc., sendo de salientar, pelas suas construções, as que se sobrepõem à Praça Municipal de que nos íamos esquecendo de falar.
Também esta praça se encontra quase no centro da vila e, embora ampla, está contudo a pedir melhoramentos ou uma grande reforma.
Não sabemos bem como em tão poucos anos foi possível operar um milagre destes.
Poucas serão as vilas de Portugal que têm um aspecto tão moderno, pro- gressivo, òptimamente bem delineado.
Oxalá o seu plano de urbanização se mantenha dentro dos mesmos moldes, mas sem prejudicar o andamento das construções, porque Vale de Cambra virá a ser então uma jóia urbanística engastada no coração deste maravilhoso vale que a cerca.