Ao falarmos de Vale de Cambra sobre este aspecto, quase podemos dizer tra- tar-se de um concelho genèricamente turístico. Em qualquer ponto que busquemos uma vista é certo que ela surge encantadora, policromada, sugestiva.
E isto, independentemente mesmo dos seus miradoiros principais, onde a Natureza se torna então esplendorosa, quase irreal, divina.
Frei Bartolomeu dos Mártires, dizia um dia ao contemplar certa parcela do território do Minho: isto é bocado de céu na terra.
Pois Frei Bartolomeu nunca visitou certamente a região do Vale de Cambra.
Então ele teria visto que para além do próprio Minho e num inexplicável milagre fulgurante da criação, existe Cambra.
Ao turista, mesmo ao turista que possa trazer os olhos cheios das mais encantadoras paisagens que o mundo tem, aconselhámo-lo a visitar Vale de Cambra.
Este vale há-de vir a ser um dia a mais querida sala do turismo português. Aqui, dir-se-ia que a vida pára e os olhos se desprendem totalmente da terra para, num arroubo de contemplação, olharem apenas este céu azulíneo do vale exuberante de vegetação que nele se reflete.
Mas é do Alto de Baralhas e do Alto da Senhora da Saúde da Serra, que a fulgurante paisagem turística desta região deve ser contemplada.
Do Alto de Baralhas, todo o vale é uma bacia imensa de flores, do Alto da Senhora da Saúde não há olhar que vença a distância dos vastíssimos horizontes que se estendem até ao mar.
Aconselhamos-te, turista, a visitar Vale de Cambra. Só então compreenderás bem porque lhe chamam a Suíça Portuguesa.
Capela de Santo António
Há já muito tempo que a capela de Santo António não satisfaz nem de longe as necessidades religiosas da vila.
Pequena, sem nenhuma arte, nela porém são praticados alguns actos do culto, mesmo como casamentos e baptizados para o que dispõe de uma licença especial.
Edificada em 1929, oxalá que uma boa igreja matriz a venha substituir num curto prazo de tempo.