Merlães – Fim do século XIX.
Merlães é uma aldeia serrana, situada entre dois rios, tendo ao sopé o rio Caima, pelo Norte o rio da Cabria e a sul o rio das Cabras.
Este último junta-se com o rio da Cabria na Arrequeichada.
O rio da Cabria encontra-se com o Caima mais abaixo na Aguincheira.
No centro do lugar passa um pequeno riacho a que chamam “corga”, que vem do Aguincho e cuja corrente servia para mover alguns moinhos e assim produzir farinha destinada ao fabrico da Broa no forno a lenha.
O lugar de Merlães há 100 anos tinha os seguintes moradores:
A sul, no chamado Lugar de Além habitavam os Castanheiras, o Cardador, o Brasileiro, os do Jorge, o Relvas, os do Chulo, os do Peso, os Pereiras e o José Gomes(3º Rico).
Na Carreira da Costa habitava o Padre Manuel.
No Cabeço , o Joaquim do Rua e a Margarida da Carreira da Costa e o Paredes .
No Rio viviam o Cipriano, conhecido pelo “moço do saco dos mordomos do Senhor”, os do Rio, os da Felícia, o São Juaneiro e a Ana de Vilar.
Mais abaixo, a casa do Pina (4º Rico).
Na Vinha habitavam os da Vinha, os do Cabeço, os Alfaiates, o Manco da Pereira, o do Viúvo, conhecido pelo “perna de pau”.
O António Jorge (2º Rico), os do André cujo homem da casa era conhecido por Tenente (1º Rico).
No Outeiro, os das Coucelas, os Rapuscos e os da Felícia, a Morgada e o do Aveiro.
Nas Portelas, habitavam a Rosa do Arroz e a casa do Padre, que possuía vários apelidos, o Barreiro, o Luís Alfaiate, o Vitorino, a Costureira das Aires, o Moreira, O Mor, Os Santos, os Carvalhos, o Gineto, o Calvela, o José da Benedita e o Joaquim do Casal de Arão.
Nessa altura habitavam estas famílias atrás descritas.
Contado por Loribal Fernandes