António de Almeida Pinho

António de Almeida Pinho

Um valecambrense com obra feita em Portugal e no Brasil.

Três histórias de relevo

António de Almeida Pinho
Panorâmica geral do Hospital

Luiz Bernardo de Almeida, benemérito de Macieira de Cambra, mandou construir, em colaboração com o seu primo António Almeida Pinho, entre outras obras, a Casa de Saúde Almeida Pinho

António de Almeida Pinho
Hospital Comendador A. D’Almeida Pinho – Cruz de S. Domingos

Construída na época com o objectivo de aí instalar um hospital, o edifício foi inaugurado em 1925.

António de Almeida Pinho
Inauguração do Hospital António de Almeida Pinho – 1925

No entanto nunca desempenhou essas funções, por motivos decorrentes do facto da sede concelhia passar de Macieira para Vale de Cambra.

António de Almeida Pinho
Almoxarifado do Hospital António de Almeida Pinho
(espaço usado para guardar remédios ou outros objectos relevantes no contexto hospitalar)

Mais tarde, por volta de 1935, aí passou a funcionar o Seminário Apostólico do Beato João de Brito, que encerrou em cerca de 1958.

Após esta data o edifício desempenhou funções de Sanatório de apoio aos tuberculosos.

António de Almeida Pinho
Sanatório Comendador A. D’Almeida Pinho

Depois de erradicada a tuberculose e de ter sido fechado o sanatório, o edifício foi ocupado por retornados do pós-25 Abril, sofrendo pilhagens e actos de vandalismo que em muito ajudaram à sua degradação.

Juntando o passar dos anos e as intempéries, resta um edifício em péssimo estado.

É simplesmente inexistente o acesso ao piso superior e em vários locais nem o próprio piso existe, algumas paredes divisórias estão parcialmente destruídas, partes da cobertura já ruíram, outras estão muito instáveis.

As imagens do estado de degradação podem ver-se aqui.

Fonte

Rafael De Nadai Bacchi escreveu, com emoção, quanto o Vasco da Gama ficou a dever ao Comendador António de Almeida Pinho.

O Estádio Vasco da Gama é conhecido popularmente como São Januário devido a uma das ruas que lhe dá acesso.

Estádio São Januário

Antônio de Almeida Pinho – Para nosso maior mecenas, um estádio inteiro em honra e Glória!

Amigos,

O gigantismo do Vasco, o colosso que ele é hoje, se deve principalmente ao fato de que homens acreditaram e se empenharam no seu engrandecimento quando ele, nosso Club, ainda era pequeno, ainda dava os primeiros passos rumo à eternidade e assim, levaria com ele os mesmos que o impulsionariam.

Como símbolo maior desse “acreditar” destacamos o nosso estádio, nosso monumento de amor e de concreto que é o nosso estádio Vasco da Gama, conhecido popularmente como São Januário, e sendo assim, como contribuinte maior e individual desse esforço destacamos o maior dos nossos mecenas, o grande responsável pelo que chamamos hoje de caldeirão existir: Antônio de Almeida Pinho!

Nascido no dia 04-02 na cidade portuguesa de Macieira de Cambra, se destacou imensamente no Brasil como comerciante de minérios, mais especificamente o ferro, tendo sido proprietário de grandes jazidas no estado de Minas Gerais, além de ter feito parte da diretoria da “Câmara Portugueza de Commércio e Indústria”, além de grande filantropo tendo atuação destacada em benefícios destinados a Beneficência Portuguesa além de contribuições para sua própria cidade, Macieira, o que levou o governo de Portugal a lhe conceder a ordem de Christo na categoria de Comendador, sendo que após seu falecimento, recebeu o diploma de Grande oficial da Ordem da Benemerência, também do governo português.

Foi sob a sua direção como presidente, em 1921, que o Vasco obteve seu primeiro título no futebol, o campeonato que correspondia à terceira divisão estadual e que abriria as portas para a conquista da série B em 1922 e para o glorioso campeonato de 1923, além de ter sido um dos fundadores da Escola de instrução militar de número 307 que contribuiu imensamente com o esforço de guerra do Brasil durante as batalhas em solo europeu, durante o segundo grande conflito mundial.

Mas foi na chamada “campanha dos 10.000”, a grande empreitada necessária para a construção de nosso estádio, que a figura desse grande vascaíno se destacou imensamente, e colocou seu nome para sempre na nossa história:

Aliado às milhares de contribuições anônimas de vascaínos desejosos de que o Club tivesse a sua praça de esportes, empenhou seu imenso patrimônio em dois vultuosos empréstimos, patrimônio esse que serviu de garantia para que o Vasco obtivesse essas duas somas, necessárias para primeiramente adquirir o terreno na chamada Chacrinha de São Januário e para logo após a compra do local, levantar propriamente dito o nosso estádio, sendo feito então dessa forma.

Como avalista pondo seu patrimônio como garantia, Antônio foi responsável por cerca de 60% do total do volume final necessário para que o nosso estádio ganhasse vida, isso mesmo, Almeida Pinho empenhou o trabalho de uma vida inteira em pró de outro que durasse muito mais e que fosse irradiado para milhões de apaixonados anos seguintes.

A figura do primeiro grande benemérito da nossa história e presidente honorário Almeida Pinho nos deixou em 30-01-1942, e sua importância para nosso Club pode-se resumir ao fato de que as alças do seu esquife foram seguradas pelo atual presidente do Vasco na época (Cyro Aranha) e todos os ex presidentes que conviveram com ele, vindo a família numa espécie de segunda turma e os diretores do Vasco em uma terceira.

Hoje, na entrada do colosso que, com o empenho do seu patrimônio pessoal e do seu esforço ajudou a construir, se encontra seu busto, como se guardasse, ao lado de Raul Campos, a obra que ajudaram a erguer, e mais do que um busto, é o próprio estádio de São Januário que homenageia um dos seus principais responsáveis, em concreto, aço, e na nossa memória para todo o sempre.

Rafael De Nadai Bacchi
Fonte

Em 1925, iniciam-se as obras de construção da Central Hidroeléctrica.

Teve que construir-se um açude, no rio Caima, em Santa Cruz e um canal até à dita Central, situada mais a sul do Rio Caima, depois da conhecida “Ponte Velha de Padrastos”.

Para isso, Luiz de Sousa Moreira constituiu, em 1929, uma sociedade por quotas com o Comendador António Almeida Pinho, oficializada em escritura de 1934, que adoptou a denominação de “Central HidroEléctrica do Caima, Lda.”, com sede em Padrastos.