Há vozes que só não falando se entendem e há sonhos que
tudo reduzem àquilo em que se acredita
Subimos o alto dos montes descemos o fundo dos mares onde
tudo se abre e se fecha na falsa harmonia dos contrastes que
fazem a ponte entre a noite e o dia
Nascem algemas nos pulsos abertos de sangue e não
sabemos quem seguir se a alma se a razão quando neste
cansado vaivém uma entra e outra sai do coração
São tantas vezes sepulcrais as ruas da nossa cidade interior
que a farsa que a gente é só dói mesmo de pé antes de a gente
cair