Um dia me darei conta do teu corpo infindável
Um dia sorridente me sentirei infinito nunca esgotado
o desejo que nos abraça e nos atormenta à distância dos
sentidos sempre fugazes sempre perdidos no corpo finito
Um dia me darei conta do tempo que não se perde para lá
das formas do tempo em que não murcham os rebentos
cálidos da minha carne e o sangue não perde o fulgor das
cores abertas ao sol
Um dia me darei conta e nesse dia gostaria de partir