Tu vens


Tu vens eu acredito que vens neste céu de cabelos soltos e
seios ao vento nesta fome de corpo e pensamento
Tu vens eu sei que vens é hora de vires nesta vespertina
voragem de felicidade neste céu da cor da angústia
Tu vens construir a Primavera em teu vestido branco de
espuma dominar meu indómito cabelo com jogos simples
dos teus dedos
Eu quero acreditar que tu vens pegar docemente nas
minhas mãos cegas e delas fazer uma flor de acácia com que
amacias os lábios e abres o cofre dos teus seios de fogo
Tu vens eu sei por isso sou feliz no meu silêncio