Tinha um sorriso feito à mão


Tinha um sorriso feito à mão um sorriso artesanal que
encantava
Era uma concha de afectos presa à vida a raiz de um poema
que desabrochava
Abriu as janelas de par em par para fugir das paredes e
mostrar o sorriso ao mundo inteiro
Por elas entrou um rio de gente e um mar de nevoeiro e a
esperança da paixão eternizada desfez-se em nada

Pela vida fora tanta janela se abre e tanta janela se fecha
quando menos se espera que o sorriso feito à mão nunca
mais foi o que era