No sofrimento da noite da música enrosquei meus ramos de
árvore seca no sono de um regaço nascido de um tempo tão
perto e tão distante
Por dentro da noite fechada aberta a sonhos que se desfazem
de que servem rostos sem palavras e o fruto maduro dos
teus lábios caído na noite deserta
Que amor de liberdade que liberdade de amor se a estrada de
todos os caminhos não passa de caminho sem regresso
Metamorfoses de paz e desejo apenas criam falsidades
eróticas em urdidura de novela
Um sorriso de vento forte que me ergue das águas fundas
num impulso de mil ventos abre a todo o pano as velas do
meu barco… tão perto de ir e tão longe de voltar