Daqui te escrevo onde o mar não existe onde as mãos do
silêncio não tardam a entrar no silêncio da tarde
Daqui te escrevo nesta tarde de silêncio onde a memória da
tarde arde em silêncio no mar das tuas mãos
Daqui te escrevo onde o deserto é imenso e a sede do mar
cresce em silêncio no silêncio da tarde onde não tarda o
silêncio do mar das tuas mãos
Daqui te escrevo onde o mar não existe e o deserto é imenso
no silêncio da tarde
Daqui te escrevo desta tarde sem fim onde arde a cidade sem
mar e o deserto sem cidade onde arde em silêncio na tarde
das tuas mãos todo o silêncio da tarde