Arquitectura religiosa, maneirista. Igreja paroquial de planta longitudinal com três naves, capela-mor ladeada por sacristias e duas torres sineiras, aos lados da fachada principal, a que se adossa capela lateral no flanco da nave do lado do Evangelho.
Pilastras e pináculos sobre os cunhais e cimalhas de cornija; gárgulas cilíndricas sobre os ângulos das cimalhas das torres. Janelas de esbarro e porta travessa de entablamento.
Arcadas de quatro vãos de volta plena na separação das naves, com as faces riscadas a simular almofadas.
Dois púlpitos, com bacias de pedra e guardas de madeira torneada.
Arco triunfal e o da capela lateral sobre pilastras, este último com as faces riscadas a simular almofadas.
Talha dourada no altar lateral do lado do Evangelho e na envolvência do arco triunfal no tipo da fase de D. Pedro II.
Retábulo principal e lateral do lado da Epístola, de madeira pintada a ouro e marmoreados no tipo final setecentista.
Renovação ecléctica da fachada principal com portal de pilastras e arco pleno encimado por duas janelas no coro, de pilastras e arco apontado.
O plano de três naves não é comum nas igrejas paroquiais da região.
As talhas douradas na envolvência do arco triunfal fundindo-se com os altares colaterais formando conjunto original.
Os púlpitos assentam sobre os pilares médios das arcadas da separação das naves, os quais são de maior secção e tem cavadas na espessura as respectivas escadas de acesso.