Um prato decorativo da NALDA

Um prato decorativo da NALDA

por Manuel de Almeida

História de mais um prato decorativo

Um prato decorativo da NALDA

Um prato decorativo da NALDA

Um prato decorativo da NALDA

Nos últimos anos têm sido feitas neste jornal, e noutros publicações, várias referências à fábrica de porcelanas NALDA que existiu na década de 50 do século que findou no local da Relva.

Produziu sobretudo louça decorativa nomeadamente pratos, fruteiras, jarras alguns painéis para as fachadas de igrejas entre outros.

Como os artesãos eram oriundos de Alcobaça, os motivos decorativos dos objectos aí produzidos eram muito semelhantes à dita loiça de Alcobaça.

Uma tal situação leva a que a existirem no mercado, as peças de Vale de Cambra se encontrem nos antiquários entre as primeiramente indicadas.

Tem ainda servido, em alguns casos, como suporte histórico de factos ocorridos no concelho, caso de uma pequena jarra adquirida para Sra Dra Maria da Graça Cruz, em que se encontra desenhado o antigo brasão concelhio.

Sabedores da importância histórica e etnográfica de tais porcelanas, também nós, quando deambulamos pelo país, vamos inquirido junto dos comerciantes se têm algo que nos possa interessar.

Um domingo de sorte

Certo domingo, em viagem de recreio de Sintra para a Ericeira, fomos visitando as várias casas de antiguidades que bordejam a estrada que segue por Terrugem e Carvoeira.

Um pouco antes de chegarmos a esta localidade, entramos no estabelecimento, miramos as mercadorias respostas e, a certa altura, inquirimos o comerciante se teria alguma louça da NALDA.

Feito uma pausa por parte do dito senhor, este diz-nos:
Nesta casa o cliente encontra sempre o que procura.

Como na região sul do país devem ser muito raras as peças de Cambra, deixamo-nos sorrir e ficamos à espera enquanto ele remexida entre os vários artefactos expostos.

Pouco tempo depois mostra-nos um prato, que logo identificamos como sendo “Alcobaça”.

Contudo, olhando-o com mais atenção, sobretudo para o verso, logo vimos a indicação da sua proveniência e o respectivo número de série, ou seja, o 117.

A partir daqui não foi difícil chegarmos a acordo e lá adquirimos, ainda em escudos, o referido prato decorativo, donde sobressai uma paisagem, uma casa, uma lagoa e um barco, e que as fotografias ilustram.

Anotações:
1) VIDE, Maria Clara – A fábrica NALDA, in Voz de Cambra, de 25 de maio, de 2006
2) CRUZ, Maria da Graça – C. M. Vale de Cambra, Meio século de imagens, Volume II, ano 1999

Fonte