Por altura da doação do seu espólio ao Município de Vale de Cambra:
A oferta destas minhas pinturas significa a oportunidade de poder estar presente no esforço cultural que V. Ex.ª tem programado para Vale de Cambra.
É para mim um privilégio e um grande gosto.
Privilégio de poderem ser vistas as minhas obras expostas em lugar condigno e público.
Também a grande satisfação que tenho de proceder a esta doação ao povo de Vale de Cambra que é a terra natal da minha esposa, onde me sinto bem e onde nunca gostaria de ser visto como estrangeirado. […]
As pessoas que irão colaborar com a Câmara não só na garantida preservação das obras, mas também na difusão adequada da sua existência, meio de, eventualmente, poder representar algo de atrativo para gentes visitarem esta querida Terra.
Levi Guerra
Com 85 anos, Levi Guerra demonstra que a idade não impede uma vida intensa e activa.
Médico, poeta e pintor são apenas algumas das ocupações.
A partir de várias estrofes dos Lusíadas, o Professor Doutor Levi Guerra (personagem ímpar e multifacetada, médico jubilado, que alia a essência científica ao dom da escrita e das artes plásticas) produziu uma séria de pinturas que percorreram e perfizeram sete exposições, em sete diferentes cidades (Porto [Reitoria], Águeda, Vale de Cambra, S. João da Madeira, Chaves, Paredes e Alfândega da Sé).
O resultado dos depoimentos institucionais e das reproduções das pinturas (inspiradas por versos da poesia camoniana) foi concretizado em livro, editado pelo Centro Interuniversitário de Estudos Camonianos, com prefácio de Guilherme d’Oliveira Martins e coordenação literária de José Carlos Seabra Pereira e de Margarida Negrais.
Levi Guerra é notícia na RTP1
Sala Levi Guerra no Museu Pio XII