Comecemos por perceber que as várias teorias quanto à origem do navegador são apenas um dos muitos pormenores que fazem parte da enorme teia de mentiras construída nesse período.
Trata-se de uma gigantesca trama histórica organizada com fins políticos bem definidos e com pleno êxito, como a extensa literatura sobre os factos demonstra quanto à redacção que a História acabou por ter.
O descobridor da América é considerado a segunda pessoa mais conhecida do mundo e também a segunda sobre quem mais se escreveu até hoje, logo a seguir a Cristo.
Envolto em mistérios, que incluíam a sua própria identidade e origem, o navegador foi polémico em vida, bateu o pé a monarcas e afrontou a própria Igreja, no debate do seu mais valioso tesouro: o conhecimento.
O primeiro testemunho registado pela História quanto à sua origem data de 1486, no livro de contas de Pedro Diaz de Toledo, que se refere a Colombo como “El Portugues”.
Nunca foi considerado espanhol – aliás, os textos espanhóis classificam-no sempre como “um estrangeiro em Espanha” – mas tem-se tentado fazer crer que seria italiano, nascido em Génova, teoria ora desacreditada, com base em factos históricos não muito difíceis de assertar.