OS NOMES DAS DESCOBERTAS
Um estudo publicado em 1989 por Mascarenhas Barreto realça como é idiota tentar fazer Colon passar por genovês: os nomes que deu aos sítios descobertos no Novo Mundo.
Não existe um único italiano e mais de 40 são portugueses, a maior parte alentejanos.
À primeira ilha descoberta chamou San Salvador (seu próprio nome), à segunda Fernandina (quiçá em honra do pai), à terceira pôs o nome de Isabella (em honra da Rainha que o contratou… ou da própria mãe?) e depois deixou por lá uma extensa lista de topónimos portugueses, como Belém (em Lisboa) ou Cuba: o único sítio no mundo com esse nome, à data, era a vila alentejana.
Outros: Ponta Faro (capital do Algarve e freguesia da Cuba), Graciosa (Açores), Guincho (ilhota na Madeira), Porto Santo (antigo nome de Porto d’el Rei, em Beja, e a ilha onde viveu e nasceu o filho Diogo), Santo Antonio (outro nome que os italianos reclamam e é português), Santa Catarina (costa algarvia, Açores e Madeira), Santa Clara (a 1 km de Beja, também na Madeira e nome do Convento de que a sua tia foi Madre Superiora, em Beja e no Funchal), Trindade (a 6 kms de Beja, Sant’Ana (entre a Vidigueira e Portel e na Madeira), Santa Cruz (aldeia perto de Beja), Santa Luzia (Açores, Cabo Verde e perto de Ourique), Santiago (ilha em Cabo Verde e uma das duas paróquias de Beja – a outra era São Salvador), S. Bartolomeu (nome do irmão e de duas povoações alentejanas, perto de Santiago e Viana), Sanctus Spiritus (Espírito Santo e aldeia a sul de Mértola), S. Jorge (Castelo em Lisboa, ilha nos Açores, cidade em Cabo Verde e porto na Madeira), S. João (aldeia perto da vila de Cuba), Conceição (aldeia junto a Beja e igeja onde está sepultada a madrasta de Colon e quatro dos seus meio-irmãos), S. Miguel (maior ilha dos Açores e aldeia perto de Mértola), S. Luiz (a norte de Odemira), S. Vicente (a sul de Beja), S. Domingos (aldeias alentejanas, perto de Mértola e de Santiago), S. João Baptista, S. Nicolau, Mourão (entre Beja e Évora), Guadiana, Santarém, etc, etc…
Foram estes os nomes que Colon espalhou pelas Caraíbas…
CONCLUSÃO
E pronto! Está contada a história – não a História, que essa continua coxa. Não foi fácil resumir em sete páginas o que ocupou já milhões delas, das quais uns milhares serviram para enriquecer o meu conhecimento e para me trazer a consciência de que estou a ser enganado pelos doutos defensores de causas próprias que fazem sobre o passado as páginas com que mentem ao futuro, mas também pelos preguiçosos que soçobram ao pânico do trabalho que daria emendá-las.
Não será enredo de novela nem tem o sexo e a violência que deliciam plateias, mas é a História que fica do que aconteceu até sermos o que somos hoje e de como cá chegámos…
… mas continuo a pensar que a verdade é sempre mais bonita que a mentira!
Portanto, acabo com as palavras com que iniciei a abordagem a este assunto: MUTATIS MUTANDIS…
… que é uma expressão em latim que significa “MUDE-SE O QUE TEM QUE SER MUDADO“!
Nota:
Todos os factos mencionados neste artigo (exceptuando a eventual participação de D. João II no financiamento da viagem de 1492, que é a mera citação de uma conjectura) são baseados em sólida evidência, suportada por documentos que existem.
Bibliografia, videografia, internet, fontes e imagens:
“The Portuguese Columbus” e “Colombo Português, Provas Documentais”, de Mascarenhas Barreto, “Cristóvão Colon era Português” de Manuel Luciano da Silva e Sílvia Jorge da Silva, “O Mistério Colombo Revelado” e “Colombo Português”, de Manuel da Silva Rosa, “Português de Estirpe”, de Arthur de Vasconcellos, “Dom Cristovão Colon, um dos vectores referenciais da Ibero-América”, de Jorge Preto, “Cristovão Colom – Um Filho de D. Fernando, Duque de Beja” e “Cristóvão Colom, o Almirante de Nobre Estirpe”, de Julieta Marques, “O Codex 632” de José Rodrigues dos Santos, “Cristóbal Colon, esse (des)conhecido”, de Roiz do Quental, “As Repercussões dos Descobrimentos Portugueses nas Obras de Autores do Século das Luzes”, de Janina Zofia Klawe, “1492, Conquest of Paradise”, de Ridley Scott, “Cristóvão Colombo, o Enigma”, de Manoel de Oliveira, “Colombo Enigma Decifrado”, de Charles Merrill para o Discovery Channel, Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, “pt.wikipedia.org”, “dightonrock.com”, “www.colombo.bz”, “colombo-o-novo.blogspot.com”, “amigosdacuba.no.sapo.pt”, João José Brandão Ferreira, Carlos Calado, José António Machado Pereira, Carlos Paiva Neves, Santos Ferreira, José Ferreira Coelho, Joaquim Veríssimo Serrão, António Pestana Garcia Pereira, Fina d’Armada, Abel Cardoso, Margarida Pedrosa, António Cabós Gonçalves, Francisco Matoso, Paulo Loução, Paulo Mascarenhas Barreto, irmãos Mattos e Silva, Casa Colombo em Vale do Paraíso, Centro Cristóvão Colon, Cuba, Alentejo, Palácio Nacional de Mafra e Museu-Biblioteca da Associação Dr. Manuel Luciano da Silva em Cavião, Vale de Cambra.