CIÊNCIA: O ADN
Provada que está a nacionalidade portuguesa de Cristóvão Colon, o Dr. Manuel Luciano da Silva, médico de profissão, propôs que se fizesse ainda uma espécie de “prova dos nove”, de natureza científica: um teste de ADN.
O processo científico é relativamente simples. A raça humana possui 46 cromossomas dispostos em 23 pares, contidos em cada célula. O mais pequeno desses pares, o 23, determina o sexo da pessoa, na mulher é XX, no homem XY. Os cromossomas são compostos por moléculas de ácido desoxirribonucleico, ou ADN, que a ciência é capaz de analisar. O curioso é que o cromossoma Y do par 23 não se modifica JAMAIS, de geração em geração, ao longo de milhares de anos. Portanto, através da análise do ADN de um parente masculino de Cristóvão Colon, pode fazer-se uma comparação com análise semelhante dos portugueses que se acredita serem seus familiares – se o cromossoma Y for igual, bingo!
COLÓN NÃO ERA ITALIANO,
NEM FRANCÊS NEM ESPANHOL
Esse “Y” foi já extraído das ossadas do filho Fernando e do irmão Bartolomeu do navegador, sepultados na Catedral de Sevilha, pelo professor de medicina legal José Lorente, da Universidade de Granada, que anunciou o facto no canal Discovery, em Maio de 2005, confirmando que os “Y” de ambos são, de facto, iguais.
Começaram então a aparecer pessoas que se diziam descendestes de Colon, vindas da Catalunha, Valência, Baleares, sul de França, Lombardia, Ligúria e Piemonte – um total de 477 pessoas.
O professor Lorente fez colheitas e análises de TODOS os candidatos.
Conclusão: 477 resultados negativos. Nenhum era parente do navegador.
Está cientificamente provado que Cristóvão Colon não era italiano, nem francês, nem espanhol !
Será de perguntar… que seria então?
Mesmo para além de todas as provas documentais que existem, a resposta salta aos olhos, não é verdade?
Formou-se uma equipa em Portugal, dirigida pela professora Eugénia Guedes da Cunha, antropologista da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e pelo professor Francisco Corte Real, do Instituto de Medicina Legal.
Essa equipa integra técnicos nacionais e antropologistas da Universidade de Granada, que pretendem analisar restos mortais de nobres portugueses.
Com a aprovação do Arcebispo de Coimbra, a Delegação do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) autorizou o projecto, mas um grupo de cientistas que integrava o antropólogo forense Miguel Botella, de Granada, foi impedida de o concretizar.
A Universidade de Coimbra apresentou ao governo um novo pedido, mas foi bloqueado pela direcção nacional do IPPAR e pela Ministra da Cultura , sem resultados até ao momento, segundo declarações do Dr. Manuel Luciano da Silva, que desabafou, ao telefone: “Nenhum governo pode bloquear o avanço da ciência e a pesquisa da História!“