UMA LINHA, DOIS NOMES
Comecemos por Cristóvão Colon:
Os sinais gregos “:” e “./” correspondem aos actuais “dois pontos” e “virgula, ou ponto e vírgula” – são separadores e chamam-se, em grego “Colon“.
O primeiro indica que a frase está contida entre “Colons“, portanto que haverá um segundo, a fechá-la. “Xpo” significa Cristo, em grego.
Ferens é uma forma do verbo latino “fero“, que significa “transportar através de um vão, como um rio”, portanto Xpoferens ou Cristovão, que em português quinhentista seria Cristoforo ou Cristofõm. Portanto aqui está o “nome de guerra”: Colon Cristofõm Colon.
“fõm” é um sufixo português que veio a derivar para o actual “vão”.
Quanto à inclusão de “Cristo” no nome, coisa que nenhum judeu toleraria, a menos que fosse para disfarçar a origem judaica, o navegador tivera o cuidado, em hebraico, de introduzir a indicação de que “o nome deveria ser apagado”.
Agora, já que nesta sigla tudo se lê em duplicado, onde está Salvador Fernandes Zarco?
Vejamos:
Voltamos ao grego “Xpo” – Cristo é sempre referido como o “Salvador”, portanto, nada mais transparente.
A seguir vem “ferens” – é uma forma frequentíssima, muito usada na idade média, de abreviar “Fernandes” ou “Fernandez”.
Finalmente, repare-se no “S” final – tem uma forma estranha, mas que deixa de o ser se a invertermos: ficaremos perante a décima letra do alfabeto hebraico, “Lamed“… que significa “Membro, Falo, Zarco” “Colon“, em grego, significa também “Membro, Falo, Zarco”…
… e esta?
A propósito, como é sabido, “Fernandes” significa “filho de Fernando”.
Nas situações como a do filho de Fernando e Isabel, era usual o varão tomar o apelido da mãe.
Portanto, cá está o Salvador Fernandes Zarco.
Quanto a demonstrar a sua portugalidade, parece suficiente, mas muito mais poderia ser acrescentado: por exemplo, o Papa Alexandre VI, numa bula de 1493, toda em latim, escreve o nome dele em português:
E como se vê não lhe chama Colombo, mas Colon. Noutra bula, no ano seguinte, redige “Cristofõm“.
Isto é português: “Cristo” sem “h” e “fõm” com til – não havia, nem há, nenhuma língua no mundo que acentue o “o” com um “til” – apenas o português.
Outros testemunhos:
Investigador espanhol Altolaguirre y Duval: “o dialectismo colombino é seguramente português“;
Historiador Menéndez Pidal: “o seu vocalismo tende para o português“;
Investigador judeu Simon Wiesenthal: “testemunhas dizem que falava castelhano com sotaque português“.
No “Pleyto de la Prioridad”, duas testemunhas, Hernán Camacho e Alonso Belas chamam ao Almirante “o infante de Portugal“;
O espanhol Ricardo Beltrán y Rózpide, presidente da Real Sociedad de Geografia, escreveu “el descobridor de América no nació en Génova“, acrescentando que tinha nascido algures entre os cabos Ortegal (Galiza) e San Vicente (Algarve).
Do punho do próprio navegador, em carta a Diogo Colon:
“Muy caro filo” – com “f”, como em português, não com “h”, como seria em espanhol.
Todos os testemunhos dizem que falava espanhol com pronúncia portuguesa e escrevia textos cheios de portuguesismos.
Um testamento feito em 1498 desapareceu, terá sido destruído por falsários que, oitenta anos depois, num processo jurídico para determinar os herdeiros, chegaram a tentar substituí-lo, através do advogado Verástegui, por um documento “autenticado” em 22 de Fevereiro de 1498 pelo Príncipe Juan, filho dos reis católicos… que tinha morrido em 4 de Outubro do ano anterior – tão descuidada foi a falsificação. O tribunal entregou a herança a D. Nuno de Portugal, neto do filho português de Colon.
Para quem escondia as suas origens sem as negar, ainda um outro monograma, que Colon colocou no início das últimas doze cartas ao filho Diogo (na imagem, por cima de “muy caro filo”) – trata-se de um monograma judaico, formado pelas letras hei e beth. Lido da direita para a esquerda, “beth hei” corresponde à saudação judaica “Baruch haschem“: “Louvado seja o Senhor” e pode também ser lido como uma bênção “Deus te abençoe“.