Cristóvão Colon – O Português que descobriu a América

IDENTIDADE DUPLA

Não se sabe bem quando Salvador Fernandes Zarco passou a ser Cristóvão Colon, mas sabe-se que depois sempre assumiu ambos os nomes.

Cristóvão Colon – O Português que descobriu a América

Assumiu portanto as origens, incluindo a judaica – quando começou a assinar documentos e inventou, para isso, uma inteligente e bem elaborada sigla, para além de outros indícios que chegaram até nós.

Um deles é o monograma que colocou à esquerda da sigla em muitos documentos, como aqui ->

Sílvia Jorge da Silva descobriu, em 1989, que o monograma é feito a partir da junção das letras “S”, “F” e “Z”, como em Salvador Fernandes Zarco, assim:

Cristóvão Colon – O Português que descobriu a América

Quanto à sigla, ela é claramente cabalística e implica o conhecimento de três línguas: latim, grego e hebraico.

É a famosa assinatura de Colon:

Cristóvão Colon – O Português que descobriu a América

Como era usual em nominativos, este começa por um louvor a Cristo, em latim: Santus. Sanctus, Altissimus, Sanctus – ainda hoje a Igreja usa esta repetição de “Sanctus”. Na segunda linha, o “X” de cruzamento conduz às iniciais de “Maria” e José”: X M Y: Filho de Maria e José.

Esta é uma interpretação possível, mas José Rodrigues dos Santos adianta outra, em “O Codex 632”, que pode ser uma leitura derivada de estudos da Cabala pelos Templários, em que as duas linhas superiores representam a trindade, com o “Altissimus” a indicar que a leitura ascende da matéria para o espírito, da terceira linha para as superiores, correspondendo-se as letras.

Seria então Sanctus. Sanctus, Altissimus, Sanctus. Xristus Messias Yesus.

Esta é a leitura que um templário cristão faria. Mas estamos perante o aparente disfarce de um judeu sefardita… imaginemos então, em hebraico: “S” seria o shin de Shaday, um nome de Deus, “A” o álefe de Adonai, outro nome de Deus, portanto, Shaday. Shaday Adonai Shaday (Senhor, Senhor Deus Senhor).

A última linha, lida da direita para a esquerda, como deve ser em hebraico, daria “YMX”: “Y” de Yehovah, “m” de maleh e “x” de xessedYeovah maleh xessed, uma prece judaica: “Deus cheio de piedade”.

Duas leituras sobrepostas. Mas há mais. Se lermos a terceira linha em hebraico mas da esquerda para a direita, obtemos “xmi” ou “shmi“, que quer dizer “o meu nome” e se depois voltarmos à regra hebraica e lermos da direita para a esquerda, como uma palavra, ficamos com “Ymx” ou “Ymach” – finalmente, as duas leituras seguidas, da direita para a esquerda e da esquerda para a direita: “ymach shmi“.

Isto, em hebraico, significa “que o meu nome seja apagado”!…

Mas vamos a ele, ao nome, ou melhor, os nomes.