Corconte

Corconte

Tal como a lenda que o inspira, este é um livro que não se fecha.

Eu pressinto, na medida do que me permite uma sensibilidade ainda pouco amadurecida, que ele renascerá a cada nova Primavera de quem o ler.

De quem o ler, entenda-se, com o amor e a compaixão que a minha tia depositou na sua escrita.

Porque este é também um livro que, sublinho, à luz do que pressinto, nos dá tanto mais quanto mais lhe dermos.

Dirão, porventura, que todos os livros são assim. Mas não, não estou de acordo.

Há livros com tecto. Este tem por tecto o infinito, funde-se nele como “(…) o rio, a natureza e a vida (…)” se fundem na alma da escritora que vive por dentro e por fora da história – e que é, ela própria, para mim, a alma da história.

do Prefácio de Marcos Cruz