Do livro Vale de Cambra, de António Martins Ferreira, 1942
No dia mundial do queijo, a TVI fez uma reportagem sobre a mais antiga fábrica de queijos do país.
Vale de Cambra
Localizada no norte de Portugal, a cerca de 40 km da cidade do Porto, é uma região de relevo, favorecida por um microclima com um alto regime pluviométrico, solo granítico e terras fundas, condições muito favoráveis à produção de forragens de qualidade, pelo que a sua industrialização se iniciou em torno do aproveitamento dos seus recursos naturais com as indústrias de lacticínios e florestais, e onde a Martins & Rebello desempenhou um papel historicamente importante.
Berço dos lacticínios portugueses
Desde o século XVI e até finais do XIX, a matriz industrial de Vale de Cambra, assenta na criação de gado bovino e produção de leite e manteiga.
A introdução das desnatadeiras centrífugas, por volta do ano de 1893, posicionou o negócio da manteiga numa nova fase de evolução, e o aperfeiçoamento das técnicas de fabrico e o conhecimento dos mercados, marcaram o início da industrialização dos lacticínios, fazendo da região a mais importante e especializada do país na produção de manteiga e queijo.
Entre as primeiras empresas, surge a Martins & Rebello.
1901 Martins & Rebello
Fundada em 1901, em Lisboa, por António Cardoso Rebello e Alfredo Martins, iniciou a sua actividade na comercialização de manteiga – “Manteiga União”.
Em 1906, iniciou a sua produção industrial com a instalação da sua primeira unidade fabril, no Pinheiro Manso, em Vale de Cambra.
O seu crescimento e especialização, contribuíram decisivamente para o desenvolvimento doutras industrias da região e do país, tornando-a numa das maiores e mais importantes empresas do país.
1935
A Martins & Rebello vai crescendo devido à exportação do produto para África e, no ano de 1935/36 a empresa inicia o fabrico de queijo bola, o Queijo Pinheiro Manso.
Para além deste tipo de queijo a empresa passa a produzir também o queijo creme, igualmente designado Pinheiro Manso – Queijo Creme Pinheiro Manso.
1952
Ao longo dos anos, a Martins & Rebello foi ampliando as suas instalações em Vale de Cambra.
As ainda hoje existentes, foram oficialmente inauguradas a 8/6/1952, na presença dos membros do governo.
Produção diversificada
À medida que se ia expandindo, a empresa vai diversificando os seus produtos com a produção de outros tipos de queijo: queijo tipo prato “O Queijo Castelões” e outros à base de queijos fundidos, o barra fundido e o queijo triangular.
A manteiga produzida era agora a manteiga Primor.
O seu histórico percurso na indústria inicia-se em 1901, com a primeira unidade de produção de lacticínios em Satão, na região centro de Portugal.
A 30 de Janeiro de 1906, em Lisboa, foi oficialmente fundada como Martins & Rebello, Lda.
Nesse mesmo ano, deslocou as suas instalações para Pinheiro Manso, concelho de Vale de Cambra, na região norte de Portugal.
A empresa foi crescendo devido ao mercado conquistado em África e pela diversidade dos produtos que produzia, e nas décadas de 1950 e 1960, tornou-se a maior empresa de laticínios do país, contando com 12 unidades de produção (incluindo Açores), mais de 700 trabalhadores e uma frota de distribuição que ultrapassava as 400 viaturas.
Hoje, Martins & Rebello é uma marca centenária.
A família Rebello, fundadora da Indulac Industrias Lácteas, SA, representa a 4ª geração do negócio e assegura a continuidade da sua história, toda a sua essência e tradição, na produção dos seus produtos.
História
1901 – Início
A empresa foi fundada em 1901, em Lisboa, por António Cardoso Rebello e Alfredo Martins.
1906 – Norte de Portugal
Deslocou as suas instalações para Pinheiro Manso, concelho de Vale de Cambra, na região norte de Portugal.
1918 – Motor das Indústrias
No período da 1ª guerra mundial, devido à impossibilidade de importação, contribuiu decisivamente para o desenvolvimento de outras indústrias no país (madeiras, embalagens, máquinas e equipamentos).
1920 – Açores
Inicia o seu percurso decisivo para o inicio e desenvolvimento do sector no arquipélago dos Açores, inicialmente na Ilhas das Flores, consolidando a sua presença nas ilhas do grupo central e Ponta Delgada.
1948 – Mestre dos Laticínios
António Cardoso Rebello culmina o curso na escola “École Fribourgeoise de Laiterie”, pertence ao prestigiado instituto Suíço “Institut Agricole de L’État de Fribourg.
1950 – Novos Mercados
A empresa foi crescendo devido ao mercado conquistado em África e pela diversidade dos produtos que produzia, tornando-se a maior empresa de laticínios do país, contando com 12 unidades de produção (incluindo Açores), mais de 700 trabalhadores e uma frota de distribuição que ultrapassava as 400 viaturas.
1965 – Angola
Presença em Angola com a criação da empresa ELA – Empresa de Lacticínios de Angola, com sede em Cela, município da província do Kwanza Sul, estabelecida com capital igualitário do Estado, Martins & Rebello e dos lavradores das regiões da Cela e Catofe.
1974 – Intervenção
Com o período da revolução da década de 70, que ditou a implantação do regime democrático em Portugal, a Martins & Rebello foi intervencionada pelo Estado por considerar a sua atividade uma prática monopolista.
Seguiu-se um período de sucessivas restruturações que culminaram no fecho da empresa em 2001.
2003 – Renascimento
A família Rebello, 4ª geração do negócio familiar, fundadora da Indulac Industrias Lácteas SA, concretiza o seu sonho e recupera as marcas Martins & Rebello, Pinheiro Manso, Vigormalte e Manteiga União, assegurando a continuidade da sua história, toda a sua essência e tradição na produção dos seus produtos.
2004 – Pinheiro Manso e EUA
Marca Pinheiro Manso junta-se ao leque de queijos exportados para os EUA desde 1995.
2008 – Diferenciação
Lançamento da Edição Premium.
2010 – Reaquisição
A família Rebello, readquire a primeira unidade fabril da Martins & Rebello”, situada em Vale de Cambra.
2014 – Relançamento da Edição Tradicional
Relançamento da Edição Tradicional, composta pelos Queijos Tipo Prato.
Galeria de Imagens
Fotos das instalações de 1937
Arquivo Municipal de Vale de Cambra
Fotos do Interior
PUBLICIDADE
Fonte – A Primorosa Colecção
VIGORMALTE (chocolate em pó) Um reconstituinte para todas as idades SAÚDE - FORÇA - VIGOR Para o desportista - O intelectual - O estudante - O convalescente - A mãe - A criança Conservar a Lata bem fechada COMPOSIÇÃO: Leite, cacau, malte, ovos, levedura de cerveja, vitaminas A, B1, B2, ácido pantoténico, D2, E, PP, sais minerais (cobalto, magnésio, fluor, cobre, ferro, zinco e manganês), além do cálcio e dos oligoelementos, tão indispensáveis à saúde. VIGORMALTE não deve ser fervido, para se não alterarem as as propriedade dos seus elementos componentes. PREPARAÇÃO: Deitam-se duas colheres das de chá bem cheias, de VIGORMALTE numa chávena ou num copo, e vai-se-lhe juntando leite, quente ou frio, mexendo sempre, até completa diluição. Utilizando-se água, deve aumentar-se a quantidade do VIGORMALTE para 3 colheres das de chá bem cheias. Pode juntar-se-lhe açúcar, se não estiver bem doce. MARTINS & REBELO VALE DE CAMBRA
Azulejos em Lemede, Cantanhede
Queijo creme Pinheiro Manso
Máquina antiga de fazer manteiga
Outra máquina para fazer manteiga
Boa Noite,
Comprei um queijo de vaca e ovelha pequeno sem gluten e gostei imenso pela textura, sabor delicado ao contrario de muitos outros que perdem qualidade . Espero que nao aconteca o mesmo com este queijo. O preco ajuda a manter a qualidade, parabens