25 de Junho de 2009
A VOZ DE CAMBRA – Nº 895
Por Cambra, há 100 anos !…
Consta-nos que são monárquicos os administradores de todos os concelhos do distrito de Aveiro e que os que não forem, por serem republicanos antigos ou adesivos, vão ser substituídos. A ser verdade, também será substituído o sr. Manuel Maria da Costa Negrais que, apesar de alguém nos dizer que ainda está monárquico, se integrou na República, filiando-se no partido unionista
– (PC de 14/3/1915).
A Junta de Paróquia de Castelões notificou o Visconde de Baçar, Comendador Dr. Fernando António de Almeida Tavares e Oliveira, da necessidade de fazer obras no altar de Nossa Senhora da Graça, na Igreja paroquial. Se o não fizer, perderá o direito que tem sobre o altar
– (Acta da JF de 23/12/1862).
O Visconde diz que não desiste do direito que tem sobre o altar e que ainda o não mandou compor por não ter encontrado artista capaz e disponível para o fazer
– (Acta da JF de 4/1/1863).
Reunião na sacristia da Igreja de Castelões, presidida pelo Padre António Gomes de Almeida, com o Regedor António Martins e os Vogais Manuel Ferreira da Cruz, Manuel Tavares, Joaquim José de Pinho e Manuel José Gomes. Secretário: Padre Joaquim Tavares de Oliveira Coutinho.
O presidente expôs a necessidade que havia de construir uma casa que pudesse servir para casa das sessões da Junta, para escola e para vários usos, casa que deveria ter pelo menos 10 metros de comprido por 6 de largo, com primeiro andar e loja e que para o futuro, quando necessário, seria para residência do pároco, podendo-se, até então, destinar para estes fins a casa que presentemente existe defronte da Igreja e tem o nome de residência do Cura
– (Acta da JF de 8/5/1872).
O Comendador Francisco Tavares Bastos, de Areias, havia determinado construir o cemitério. Com a construção do mesmo cemitério, os muros do mesmo cemitério irão obstruir o rego que conduzia a água para o Passal, terras do Visconde. A Junta devia dar ao Visconde um documento de obrigação de rego para levar a água para os mesmos campos
– (Acta da JF de 27/10/1872).
O proprietário Manuel Joaquim de Matos e sua mulher Maria Augusta Dias de Sousa Brandão, da Igreja, ofereceram o terreno, no mato das Várzeas, para a construção da casa da escola de meninas. A Junta deliberou abrir uma subscrição para arranjar dinheiro par fazer a obra
– (Acta da JF de 12/12/1872).
Manuel Joaquim de Matos e Dona Maria Augusta Dias de Sousa Brandão assinaram o termo de cedência do terreno em 15 de Dezembro de 1872
– (Acta da JF de 15/12/1872).
A empreitada de pedreiro da escola de meninas foi entregue em 6 de Janeiro de 1873 a Joaquim Henriques, de Areias por quarenta e quatro mil réis; esta empreitada foi concluída em 25 de Maio de 1873. A empreitada de carpinteiro foi entregue a José Martins de Pinho, de Coelhosa, por quarenta e quatro mil réis
– (Acta da JF de 2/1/1873).
Em 28 de Julho de 1873, o Reitor de Castelões, Padre António Gomes de Almeida, Presidente da Junta da paróquia, informou:
“1º – que no dia 28 de Julho findo recebera uma Capa de Asperge de tela d’ouro a qual lhe fora apresentada pelo Ilustríssimo Senhor António Tavares Bastos, do lugar de Areias desta freguesia de Castelões.
2º – que era uma oferta que o dito Senhor e o seu amigo António José Gonçalves da freguesia de Cepelos espontaneamente faziam à Junta da Paróquia desta freguesia.