Das Escolas Isoladas aos Centros Educativos
por Maria Angelina Brandão Tavares
A evolução da nossa sociedade ao longo do século XX, nos diferentes âmbitos que constituem a sua complexa estrutura, tem levado à necessidade de reflectir e redefinir o lugar da escola e da educação.
Este trabalho, numa lógica de Estudo-Etnográfico, pretende analisar e
compreender o problema das escolas rurais e no contexto do progressivo encerramento decretado para estes espaços formativos, sob a orientação de um novo instrumento de trabalho que é a Carta Educativa.
Ora, falar de escolas rurais, é também, inevitavelmente abordar o problema da ruralidade e da interioridade, é também percorrer o caminho das especificidades, das tradições e do desenvolvimento local que passam, em grande medida, pela escola.
Desta forma, abordamos a questão das escolas rurais, do encerramento das escolas e da sua posterior transformação em Pólos ou Centros Educativos, numa relação, que, aliás, lhe é inerente, com o Património e a Herança Cultural Local.
Para o efeito, criamos as premissas da concretização de um Projecto Educativo, localizado, especificamente, no concelho de Arouca, que serviu de base geográfica específica à nossa investigação.
Pretende-se construir e criar e dinamizar uma ponte entre a Velha
Escola, esquecida, e a Escola Nova, recriada, de forma a que não se perca nos corredores do tempo a memória associada aos sítios e pessoas que lhes deram forma e vida, – aquilo que durante décadas, dela fizeram o símbolo primordial de uma aldeia, de um lugar.
O caso de Vale de Cambra, pág. 87