Margarida Negrais

Margarida Negrais

Nota, de Augusto Soares da Carvalhalva, sobre este livro.

Porque relembrar o que é dádiva nunca é de mais, republico o texto que segue.

Acabo de ler um excelente livro, “Luzia, da Humildade à Benemerência”, de homenagem a uma mulher de alma e coração grande, que, no final do século dezanove, e início do século vinte, se notabilizou na cidade do Porto pela sua entrega à generosidade e à benemerência, Luzia Joaquina Bruce.

Em tempos tão desumanizados como os que correm, em que reconhecer e louvar o valor de outros pelo seu mérito humano é quase raridade, é um alívio de alma tomar conhecimento de que ainda há gestos e atitudes louváveis de quem, 100 anos depois da morte da pessoa em causa, no caso de Luzia, feitos em 2017, soube não esquecer, fazendo em sua memória nascer este livro maravilhoso.

Por tal, a minha vénia à Santa Casa da Misericórdia do Porto, e o meu muito obrigado à autora do livro, Margarida Negrais, uma minha ilustre conterrânea, que numa linda e romanceada escrita, perfeitamente adaptada à época de então, nos coloca vivendo aqueles anos de Luzia, tal como às circunstâncias históricas em que ocorreram, fim da monarquia e implantação da república.

Bem hajam os que dão de si.

Margarida Negrais

Margarida NegraisBiografia

Margarida Negrais, natural de Vale de Cambra, licenciou-se em Filologia Românica, e foi professora do ensino secundário, tendo estado ligada à actividade de formação de professores na área da disciplina de Português.

Exerceu funções docentes no Colégio Luso-Francês e dedicou-se igualmente a trabalhos de tradução para o JN.

Após a aposentação, publicou dois livros na área da literatura infantojuvenil e infantil.

“História de bichos” (Campo das Letras) e “Mig, a formiga comodista” (Letras e Coisas), tendo ainda participado no livro “Contos do Vale“, editado pelo município de Vale de Cambra, bem como uma participação no livro “Sem segredos“, citado pelo Hospital Veterinário Montenegro, do Porto.

Em 2012, publicou, em coautoria com o Professor Doutor Levi Guerra, “O Rim Artificial – Uma História de Afetos“.

É docente de Duas Unidades Culturais no Instituto Cultural D. António Ferreira Gomes, naquela cidade, em particular da Unidade de Escrita Criativa.