(I)
1959 – Foi o ano de transformação no desporto e paixão, em terras de CAMBRA, após a Académica e o Despertar, terem adormecido e começaram por aparecer no Campo das Dairas , alguns maduros mas já com alguma experiência em competições amigáveis, neste Campo e outros do Distrito, juntando-se a eles, meia dúzia de jovens estudantes e outros empregados nas Empresas locais, assim como alguns Empresários, que prestavam o seu contributo, nos campos e nos balneários, pagavam as chuteiras, equipamentos e em muitos dos casos ofereciam as suas camionetas e furgonetas, para a deslocação da equipe em jogos que tinham que realizar.
E quando chegava o final dos torneios ou jogos particulares que se disputavam, os seus lucros eram umas Comezainas, nos finais desses acontecimentos.
Estas cores do equipamento, não eram as da Freguesia, mas os atletas, na sua maioria pertenciam à mesma.
Estas cores, tratavam-se de uma homenagem à Académica de Coimbra, assim como à de Cambra, pelo seu futebol bonito, que nos apresentavam nos jogos, que para tal eram intervenientes.
Mas o amor pela terra e pela camisola, a que quase todos pertencíamos, dedicava-nos forte energia para alcançarmos as vitórias e dignificar o logótipo que brilhava nas mesmas.
E assim, com este Grupo Recreativo de Castelões, e outros, que se juntaram, no Concelho, houve motivo, para ajudar a reviver o Desporto Oficial, na nossa terra, no Ano de 1962.
(II)
Eram Juntas de Freguesia, lugares, empresas, familiares e grupos de jovens dessas épocas que se juntavam, nos cafés e tascas, e muitas das vezes procuravam, reforços para as suas equipes, nos Concelhos circunvizinhos.
FUTEBOL, sempre foi paixão, nos grandes Estádios, campos relvados e pelados, com ou sem condições, para a prática do mesmo, que eram determinantes, nos dias e horas pelo acordo entre ambas as partes.
FALAR DESTE CASTELÕES: Que nos anos 1958-1959, tanto no campo das Dairas, como em outros e de várias localidades, competíamos amigavelmente, mas já com uma direcção na forja, e com coragem para avançar, com este DESPORTO- REI, numa possível organização para que CAMBRA, voltasse a Campeonatos Oficiais.
FORAM ESTES OS DIRECTORES: Augusto da Pinha (Falante) Augusto da Fábrica, Rodrigo da Manca, Emídio do Cerieiro, Jacinto da Rabaceira, todos eles contribuíram drasticamente e impulsionaram nestas datas e deixaram motivo, para que outros CAMBRENSES, se organizassem fortemente e partiram para uma direcção condigna, bem ordenada com um Presidente apaixonante e de elevado poder financeiro, levando o Clube a disputar a Promoção no Distrital de Aveiro, e acabaram como Campeões. Foi ele o saudoso Senhor ANTÓNIO RIBEIRO, da RIMARTE …
COMO ÁRBITROS DESSES TEMPOS: Senhor Armindo Lopes, Manuel Nogueira, Urgel Costa Leite, Augusto da Pinha (Falante), Reinaldo (Cobrador das Camionetas Amarelas), Tio Luiz da Amélia e outros mais que manifestavam elevado interesse em contribuírem, para tal efeito.
Para os que já partiram, para o Reino do Céu, que descansem em Paz. Para os que sempre deram o seu melhor em prol, desta modalidade e o bem da nossa TERRA, deixando memórias, o meu forte abraço.
Arlindo Gomes