Tudo indica que o lugar do Mártir teve origem no nome do santo a que foi erguida uma capela em sua honra: o Mártir São Sebastião.
Esta capela foi mandada construir por João Augusto Pereira Pinto, que era do lugar de Areias, no ano de 1890.
É festejado a 20 de Janeiro.
Sérgio Soares publicou esta referência a uma festividade, e local, que se integra na freguesia de Castelões, de que é Presidente da Junta.
Celebrado a 20 de Janeiro, São Sebastião é um dos grandes santos intercessores, popular em toda a Europa desde a Alta Idade Média, protector da peste, da fome e da guerra.
No decurso dos tempos medievos, invocado contra os surtos pestíferos, então frequentes, a fama de defensor da Igreja contra a peste, será o grande motivo para o crescimento espantoso do culto.
Também em Portugal, será pela sua função de advogado contra a peste, que o culto se difunde nos séculos XIV e XV.
Sendo muito frequentes os surtos epidémicos também no século XVI se multiplicam as preces e os votos ao Santo Mártir, datando ao que tudo indica de inícios dessa centúria, cerca de 1505, o voto que os cristãos de todo o Condado da Feira – ao qual o concelho pertencia – fizeram, prometendo a dádiva de um pão doce, a que chamavam fogaça, em troca de auxílio contra a peste, dando origem à secular Festa das Fogaceiras em honra de São Sebastião, celebrada anualmente, desde então, em Santa Maria da Feira.
Em Vale de Cambra, também cedo chegou o seu culto, datado do século XV a primeira imagem que dele conhecemos, espraiando-se desde essa centúria até ao século XX.
Com uma diversidade de materiais, desde a mais habitual imaginária até aos azulejos e às bandeiras processionais, das pinturas de caixotões, o retábulo e ao ex-voto, relativamente aos templos apenas existe um, em S. Pedro de Castelões, situado no topo de uma colina que domina o vale de Castelões, em local ainda referido nas Memórias Paroquiais de 1758, como lugar de Areias, mas actualmente designado como lugar do Mártir, topónimo que, criado à volta da ermida em sua honra, em data que não conseguimos precisar, tem origem na antonomásia corrente de São Sebastião.