O rio Caima não nasce na Mizarela

Designado outrora por Camia, já no séc. X, de origem pré-celta, com o significado de “lama, lodo, argila, etc.”, o rio Caima nasce na Serra da Freita, a nascente da aldeia de Albergaria da Serra, no concelho de Arouca, próximo do lugar do Junqueiro, entre os 1000 e os 1100 metros de altitude, onde se dá a junção de vários riachos e linhas de água em pleno planalto e por este escorrem até confluírem num só.

O rio Caima corre por entre relevo áspero e imponente, despenha-se das escarpas da Mizarela, prossegue por sucessivas cascatas até ao lugar da Ribeira, cujos campos, em socalcos, rega e daí prossegue até entrar no município de Vale de Cambra (freguesias de Roge, Cepelos, Macieira de Cambra, São Pedro de Castelões) e, depois, no de Oliveira de Azeméis (freguesias de Ossela e Palmaz), regando terras e movendo fábricas, até desaguar, no rio Vouga, no lugar de Sernada do Vouga (freguesia de Macinhata do Vouga, concelho de Albergaria-a-Velha).

Ao longo do seu curso, na descida da Serra, recortando a paisagem, cavou vales profundos e encaixados, cobertos de espesso arvoredo.

Nele desaguam as ribeiras dos Cabaços e da Castanheira, as quais engrossam, em muito, o seu caudal, a montante, no concelho de Arouca.

O Caima que corre apertado entre duas vertentes até Rôge, tem nesta freguesia os afluentes Ribeira de Fuste ou Ribeira de Sandiães e a Ribeira de Paço de Mato ou Rio Caimó (www.cm-arouca.pt)

Tem um comprimento de 50 km.

Já que falamos da Frecha da Mizarela, é bom saber que é a cascata mais alta de Portugal Continental.

Sítio aprazível que merece uma visita. O miradouro proporciona uma vista perfeita para a queda de água e uma paisagem admirável.

Desafio a sério é descer, a pé, e serpentear até onde a água cai das alturas. Não dá para esquecer.