Correios
Era assim que se designava quando, em 1911, adoptou a sigla CTT.
Há muito pouca informação sobre os serviços de correio, telégrafos e telecomunicações de Vale de Cambra e foi graças a um grande trabalho de investigação, de Maria da Graça Pinho da Cruz e marido, Joaquim José Pinho da Cruz, que nasceu este livro:
Vamos passar à frente da história genérica da origem dos CTT, bem desenvolvida no livro, a consultar na Biblioteca, já que foram impressos 300 exemplares, dos quais 150 foram oferecidos ao Rotary Club de Vale de Cambra, em comemoração do seu 25° aniversário.
O ano de 2013 foi feliz para, de uma assentada, se comemorarem os 100 anos do correio, os 75 anos do telefone e os 50 anos do telefone automático, em terras de Cambra, que o Jornal de Cambra noticiou e foi também inspirador para o lançamento deste livro.
A primeira correspondência, que conhecemos, relacionada com a Terra de Cambra, é datada de 1254 e consta de uma carta cerrada(1) em latim(2) enviada pelo rei D. Afonso III, conde de Bolonha e bisneto de D. Afonso Henriques, a Martinho Anes, prior da Igreja, meirinho do rei e juiz de Lafões. Aí o informa que ao mandar fazer inquiração em Cambra, pelo juiz da Feira e por outros homens bons, Afonso Anes de Cambra mostrou-lhe o seu desagrado, afirmando que o casal de Junqueira lhe pertencia.
INSTALAÇÕES
Foram cinco as instalações da Estação de Correio da Gandra de Cambra.
1ª Instalação
23 de Março de 1913
Na casa, hoje inexistente, de Camilo Tavares de Matos, na actual Rua Eng. Duarte Pacheco.
Nesta fotografia, de 1950, vemos o Edifício onde se iniciou o funcionamento da Estação Telegrapho-Postal da Gandra de Gandra. A porta do lado direito da fotografia era, em 1913, a porta de entrada da Estação.
O rés-do-chão, no lado esquerdo da casa, é já ocupado pelo Café Arcádia e apresenta uma montra entre as duas portas que não existia na fotografia da inauguração da Estação.
Aqui funcionou até 1 de Agosto de 1915, altura em que passou a ser ocupado pelo escritório do advogado Dr. Manuel Tavares da Costa.
2ª Instalação
3ª Instalação
Em Janeiro de 1935, mudou-se para uma sala do novo edifício dos Paços do Concelho, em frente à actual VALPEC, na Rua Nuno Álvares Pereira.
Em 1942, existe já o serviço telefónico com duas cabinas públicas a funcionar até à meia-noite.
4ª Instalação
No início da década de 50, a Estação dos Correios, Telégrafos e Telefones passa para um novo edifício, na antiga Rua da Indústria, hoje Rua Dr. Domingos Fernandes Nogueira, gaveto com a Travessa do Jardim (que mais tarde acolheu a Caixa Geral de Depósitos).
5ª Instalação
Actual Estação, na Rua Dr. Domingos de Almeida Brandão, desde 1978.
O primeiro carimbo
As comemorações do centésimo aniversário mereceram a aposição de um Carimbo Comemorativo, dada a sua importância quer no passado como no presente.
O carimbo foi aposto num Envelope Comemorativo e assinado pelos promotores e participantes directos na comemoração.
Da direita para a esquerda:
Dr. Raul Moreira – Director da Filatelia dos CTT de Portugal
Dra Adriana Rodrigues – Vereadora do Pelouro da Cultura
Os autores
Dr. Nuno Neves – Director dos CTT Zona Norte
D. Márcia Rodrigues – Chefe da Estacão dos Correios de Vale de Cambra
Dr. José Nogueira – Filatelista
outra iniciativa – o meu selo
Os autores solicitaram aos CTT a elaboração de “O meu selo”, seleccionando uma fotografia da Família Sousa, do Largo da Gandra, por as instalações da estação de correios da Gandra estarem localizados nesse Largo.
Também a Chefe dos CTT de Vale de Cambra, mandou executar “O meu selo”, escolhendo como imagem a primeira instalação de Correios no Largo da Gandra, no dia da inauguração.