A Feira da Consoada

por Hellder ‘Lage’ de Pinho Feira da Consoada

A 23 de Dezembro, das serranias de Arouca e Cambra desciam “carregos” de gente que se juntavam aos do Vale, a 2 dias do Natal, a feira dos 23 em Vale de Cambra era o “fim do mundo”.

A Feira da Consoada

Os feirantes inundavam tudo com as suas Ford Transit e barracas de lona bege, desde a “feira dos ovos” com peixe frito e fruta, à rua da Lacto-Lusa com calçado (vindo “das melhores” fábricas de Felgueiras), passando pelo largo da feira onde se comprava o (sempre) “fiel amigo” bacalhau (para a consoada), nenhum bocado ficava por preencher, não havia chuva ou frio que parassem a mole humana, uns vinham, outros iam, de bolsos vazios, enchiam de cestos e canastras com folares as “caminetes” do Caima e do Calçada a caminho… do Natal.

Durante décadas a feira foi um ex-líbris para as populações da “Suíça portuguesa”, agora na era da globalização, e com os lugares da antiga feira ocupados por construções de (in)utilidade urbana, a feira realiza-se em espaço próprio no mercado, e embora com menos expressão, ainda atrai muitas gentes neste dia.

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Aqui está uma foto de Arlindo Gomes, de um barbeiro em plena actividade na Feira dos Nove.

Barbeiro na Feira dos Nove
Barbeiro na Feira dos Nove