32 – Chafariz de Vermoim

Localização: Rua de Vermoim – lugar de Vermoim
Local de implantação: No jardim superior do chafariz.
Coordenadas GPS: 40°50’25.86″N 8°26’10.15″W
Distância total: 11.86 Km (pedestre). / 10.45 Km (automóvel).
Próxima Estação: 140 m.

Chafariz de Vermoim

A 6 de Janeiro de 1911, o jovem Zeca pôs-se a caminho de Oliveira de Azeméis, acompanhado pelo seu tio Serafim. Embarcaria em Leixões no dia seguinte, rumo a Belém do Pará.

Muito anos depois, Ferreira de Castro recordou:«[…] subimos, depois, a Vermoim, que espairece numa encosta, ao princípio da qual lancei um adeus molhado ao chafariz ali existente, aonde tantos dias eu viera correndo atrás de um arco de pipo, enganchado num arame, em anos ainda há pouco esgotados, mas que nessa hora de despedida me pareciam já sombriamente perdidos nas mais distantes cabeceiras dos tempos.»[1]

A personagem do seu romance Emigrantes, Manuel da Bouça, ao regressar do Brasil, velho e derrotado, nove anos após ter partido, ao passar de táxi por Vermoim mata as saudades ao ver a sua terra:

«O chafariz lá estava ainda.
— Mais devagar! Mais devagar, senhor!

estava o chafariz, velho de muitos anos, gretado e roído na sua parede de meia-lua, mas com o fio de água a cantar como outrora e a sua grinalda de heras eternamente verdes[2]

32 – Chafariz de Vermoim
[1] Ferreira de Castro, [Posfácio], Emigrantes, Portugália Editora, Lisboa, 1966, p. 291
[2] Ferreira de Castro, Emigrantes, Guimarães Editores, 25ª edição, Lisboa, 1996 p. 227.