20 – Igreja Velha

Localização: Largo da Igreja Velha – lugar do Chousal.
Local de implantação: Encostado ao muro à esquerda da entrada principal (exterior).
Coordenadas GPS: 40°48’49.79″N 8°25’26.75″W
Distância total: 4.86 Km (pedestre). / 3.94 Km (automóvel).
Próxima Estação: 1929 m.

Igreja Velha

Na base da serra encontramos este povoado, o «Mosteiro, presumível lugar, outrora, de anacoretas contemplativos. O velho templo, levantado sobre as ruínas de outro, carece de valor artístico; mas numa das paredes mostra curiosa lápide fúnebre: João L. C.º Buel, cavaleiro, instituiu capela nesta igreja onde tinha seu muimento levantado na era de 1410. Por não bastarem os bens que dele ficaram, se dizem somente 220 missas….»[1]

«Compensações morais, tinha-as em muito pequeno número. Apenas um discurso religioso, que o sr. abade escrevera para a festa da comunhão e que eu decorei e pronunciei, na igreja velha, com pasmo de todos os ouvintes[2]

«Só o vento existe. Anda a bramar nos pinheiros das declividades, nos castanheiros da Felgueira, nos rochedos, nas locas, por toda a parte. Nem da coruja que mora na igreja velha, escorropichadora de lâmpadas há um ror de anos, ele deixa hoje ouvir o sinistro uuu-gru-gru-gru.»[3]

Nesta igreja Ferreira de Castro foi batizado a 6 de Junho de 1898 e fez a primeira comunhão, a 18 de Junho de 1909.

1 – Primeiras Recordações
[1] Ferreira de Castro, «De Oliveira de Azeméis a Vale de Cambra», Guia de Portugal, Beira Litoral, 3ª edição, Fundação Calouste Gulbenkian, 1993, Lisboa, p. 608.
[2] Ferreira de Castro, «Memórias [1931]», Jaime Brasil, Ferreira de Castro e a Sua Obra, Livraria Civilização, Porto, 1931, p. 13.
[3] Ferreira de Castro, «O Natal em Ossela», Os Fragmentos, Guimarães & Cª Editores, 2ª Edição, Lisboa, [1974], pp. 56/57, extratexto.