Salão de Festas Almeida & Freitas, Lda.

Depois lembrar esta que foi, após o Ringue do Café Arcádia, o encanto a realizar bailes, casamentos, baptizados e outros eventos, que os autorizava e também administrava o dinâmico sócio e gerente o senhor António de Almeida (o Pranta).

Salão de Festas Almeida & Freitas, Lda.

Os seus conhecimentos literários eram muito reduzidos, pouco mais sabia além da sua assinatura, mas sempre muito aplicado nos negócios e ramos da sua Empresa: Latoaria e Serração.

O seu sócio principal era o genro Américo Freitas que lentamente foram constituindo a chamada na época Fábrica de Esmalte.

O seu empenho e trabalho árduo, deram-lhe, a nível Nacional, o prestígio da melhor do País nestes ramos.

Nas latas:
o seu volume mais poderoso era sem qualquer dúvida a fabricação das mesmas para o azeite, com vários tipos de latas, assim como para outros produtos diversos, que se prontificavam a idealizar e com os clientes produziam na sua enorme Empresa, tudo aquilo que eles desejavam em folha de flandres.

Já que na serração, faziam todo o tipo de caixas  em madeiras diversas e preparadas para receber os queijos e a manteiga, que se produzia nas nossas fábricas de lacticínios e circulavam a nível do País.

Tinham maquinaria para tudo e um Charrió, potente para serrar todo o tipo de madeiras a pedido do lavrador consoante as suas necessidades para a construção de seus habitares, ramadas  e outras coisas mais.

BAILES

No Almeida & Freitas, ficaram para a história, pelo seu entusiasmo e a dedicação deste seu gerente o saudoso PRANTA, que sempre se dedicou altamente pela música na nossa terra, levando-a por todo o País e algumas partes do estrangeiro, onde ela deixou memórias e nome, muito vincado de Vale de Cambra, classificando-a como uma das melhores Bandas Musicais Civis de PORTUGAL.

Salão de Festas Almeida & Freitas, Lda.

Estes bailes realizavam-se aos sábados à noite e aos Domingos da parte da tarde.

O ingresso custava vinte e cinco tostões para os rapazes  e quinze tostões as raparigas.

A música era ao som de uns gravadores e gira-discos, que na sua maioria eram escolhidos pelo Aníbal, sobrinho dos SOUSAS, FOTÓGRAFOS.

Era um elemento muito competente e estava ladeado ao serviço do senhor Domingos Boca-Aberta.

Mais tarde ficou a tomar conta de todo este serviço de aparelhagem o cuidadoso Manuel Soares (Gato), da Costa -Formiga, que se inspirou muito tecnicamente, já na sua adolescência, tornando-se mais tarde num  elemento exemplar neste sector e em terras de Cambra e por onde ele, passou.

Deixou o senhor Domingos e recomeçou com a Agência Comercial de Cambra. Ao serviço desta empresa que era do senhor Engenheiro Abel, da casa de Areias, manejava e carregava a motorizada e o seu atrelado, com todo o tipo de aparelhagem, por si preparada, para todo o tipo de eventos que ele tinha sido para tal convidado.

Mais tarde, estes bailes eram organizados para desfolhadas, ou festas, com alguns conceituados Acordeonistas, que começaram por aparecer na terra, individuais e outros com acompanhamento, tornando-se conjuntos e que fizeram bradados por vários pontos do País, deixando o bom nome de CAMBRA.

Foco especialmente os mais tonantes dessas épocas:
O de Merlães, o António de Cavião, o Aurélio de Santa Cruz, os irmãos Manuel António e Pedro de Souto-Mau, o Silvério Regueifeiro de Codal, o Manuel do Bernardo de Macinhata e o Quim Padeiro do Barbeito e outros mais que se espalhavam por todo o nosso VALE…“

Vale de Cambra no passado,
É um recordar desses tempos vividos;
Lembrá-los hoje, e ficarem em livros,
São as coisas do passado, que não serão Esquecidos

Arlindo Gomes