Repas, o Equilibrista

O Equilibrista
Repas da Farrapa

Repas, o Equilibrista

Foi uma pitoresca figura, cujas as suas características e factos falam por si, era uma figura com uma compleição física, que ultrapassava os dois metros de altura.

Ele era, realmente enorme, vinha as todas as feiras de Cambra, e sempre nas Camionetas Amarelas, com o seu vestuário habitual, sobrecarregado de remendos, como facilmente se pode constatar pela fotografia, e como não mais nada tinha para vestir, era sempre este o seu fato de “ trabalho “, domingueiro e de cerimónias.

Então este gigante, saia das camionetas e o cobrador lhe entregava o seu cesto para a aquisição das suas compras a realizar, que ele de imediato colocava na sua cabeça e deslizava por toda a Vila, sem ter a ajuda dos seus braços, tornando-o conhecido por todos nós como o “ Equilibrista Repas da Farrapa”.

Vivia-se numa época em que o pau e o saco era o pão nosso de cada dia e, como tantos outros, vivia da caridade, era humilde e inculto foi amamentado por uma madrasta, nasceu em 18 de Fevereiro de 1897 e faleceu em 13 de Janeiro de 1965.

Teve várias histórias:
Entre elas, esta que o levou ao Porto, a convite de alguns amigos e conhecidos, pela sua maneira e capacidade de se alimentar bem sempre que para tal, era convidado para umas gastronomias melhoradas.

Então chegou ao Hotel Vatel, na rua Alexandre Herculano, cuja o sua fama era de comer “20 pratos por vinte escudos”.

Iniciou a aposta e a oferta dos amigos, mas não passou dos 6 pratos, atendendo ao seu corpo de gigante, não correspondeu ao anúncio deste HOTEL, do passado que servia “OS VINTE PRATOS POR VINTE ESCUDOS”.

Arlindo Gomes