Ponte da Gandra

É muito bem visível esta Ponte da Gandra, do passado assim como estas placas, que nesses tempos nos indicavam muitas direções, mas aquelas que nos apareciam de imediato, eram da nossa esquerda O. Azeméis e Estarreja e a segunda à nossa direita nos dizia, S. João da Madeira e Porto, isto nos anos cinquenta, que esta Ponte da Gandra, quando deslizávamos para a então Vila (hoje Cidade), à nossa direita era o acesso, para Aguincheira, Castelões, Senhora da Saúde , outras localidades, assim como nos dirigia para o Concelho de Sever do Vouga e outras paragens.

Ponte da Gandra

Hoje: a rua que foi Ponte da Gandra, hoje é Comendador Ilídio Pinho.

Para quem se lembra e nesta Ponte recorda alguns momentos nestes bancos em pedra, onde se estacionavam várias personalidades em negócios Empresariais, Comerciais e muitas das vezes se aguardava que as namoradas tivessem feito a permuta do milho pela farinha, nos moinhos que o senhor Augusto e seus familiares explorava, e ao passarmos a mesma Ponte, a caminho da Vila, pelo nosso lado esquerdo a primeira casa de habitação e os seus fundos, era a oficina do importante e competente FERRADOR.

Ponte da Gandra

Ferrador, que se tornou largamente conhecido pelo seu esmerado serviço e competência em todo o tipo de calçado para os animais, ensinando a mesma arte aos seus dois filhos e António e o Manuel, que largos anos o acompanharam e fizeram com que esta arte se prolonga-se por vários Concelhos do Distrito e deixaram em publico a honestidade a competência, assim como o trabalho, que eles arduamente o faziam e que motivaram altamente o seu prestígio, por todas as terras que eles passaram deixando bem patente o bom nome dos FERRADORES DE CAMBRA, que ficou como Memória…

E deste passado, assim como esta arte, já nada temos, nem a fonte que dava de beber a tanto ser humano e animais, que acabados de terem recebido das mãos destes famosos “ Ferradores, o seu novo calçado, atravessavam a estrada e eram levados a essa fonte que estava no muro da propriedade do Senhor “ Simões à disposição de quem dela necessitava”, servindo-nos agua pura e sempre a deslizar.

Arlindo Gomes