Era no Largo da Gândra e Caminho das Regadas (hoje rua do Hospital).
Tudo isto são coisas do passado, que hoje recordo com elevada emoção, porque foram momentos marcantes pela sua simplicidade, assim como pela forma que eramos todos examinados pelos professores, assim como atendidos na bilheteira e no balcão da mercearia e mesmo no da tasca, quando nos serviam as famosas “ Pataniscas de bacalhau, dentro de um pão pela módica importância de quinze tostões, que também podiam ser acompanhadas, pela cerveja, Laranjina C, ou Buçaco, que simpaticamente nos era servido pelo saudoso senhor Constantino Copa, filhos e filhas, antes da entrada, ao intervalo, ou saída do Cinema.
Pensão de esmerado serviço e excelente gastronomia e que muitas vezes aos Domingos, da parte da tarde nos era oferecido como convite umas balsas ou tangos, ao sabor de um gravador ou gira-discos, na sala de refeições.
A maioria dos dançarinos eram de terras de S. João da Madeira e Oliveira de Azeméis, os de Cambra eram mesmo muito poucos e tinham que serem escolhidos.
NO CINEMA sempre fui em cliente assíduo na plateia e na Fila H 11, às Quintas e sábados de noite, e foram tantos os filmes que assisti e os mesmos sempre apresentados pelo técnico senhor Filoménio e seu filho.
Este cinema teve o seu final e passou a ser a oficina do senhor Manuel Ferreira Guimarães (Bela e hoje é a Padaria Pastelaria Tulipa).
ESCOLA – foi aqui que no ano de 1951, preparado pelos professores Sebastião, Vélho Vide, Amadeu da Chisca e João Melo, me trouxeram da Escola dos Dois para a do Largo da Gândra, (hoje rua do Hospital), para fazer o exame da 4ª classe com a classificação de Distinção.
Arlindo Gomes