O Mercado Municipal (II)

O  Mercado  Municipal (II)

Instalado no ano de 1925, numa vertente dos seguintes lados: Rua Dr. Domingos de Almeida Brandão, com a Avenida dos Combatentes da Grande Guerra (hoje Avenida Camilo Tavares de Matos), Estrada Nacional nº. 224 (hoje Avenida Infante D. Henrique), a outra a travessa Ferreira Bogalho, Lopes e Comércio Zarra).

Nestas casas familiares e comerciais, passaram, durante longos anos, no seu exterior e interior, variadíssimas famílias, que abriam as portas para os seus comércios e saíam para os seus trabalhos diários nas Empresas da nossa terra.

Neste primeiro lance, passo a descrevê-lo, tal e qual como era. Ao fundo a casa do Ferreira Bogalho, que ainda hoje existe, ao fundo era a Comissão Reguladora, ao lado a eira que se intitulava como a “Clementina da Eira”, alugada à sua família.

Subindo para a actual Avenida Camilo Tavares de Matos, a casa de habitação, assim como os estabelecimentos de móveis e carpintaria do senhor Horácio Martins e Família.

A seguir o talho da Tia Quitas Calistra, marido e seus dois sobrinhos Diamantino e Milóta, a casa da louça, do senhor Marcelino, o senhor Gualdemiro e a sua sapataria Sport, empregados e filhos, depois mais uma casa de louça de barro, da tia Rosa Padeira, do Barbeito, seu marido Serafim e filhos, na seguinte era a família Sebastião Bornes, as últimas portas até ao portão, que dava acesso ao Mercado, eram usadas pelo então Tanoeiro João e família, originais de Maceda-Ovar.

Depois de passarmos este portão, as primeiras três portas eram utilizadas pela Tia Rosa da Pinha e sua Familia, a primeira com Mercearia as outras com casa de pasto, aos sabores da terra e, desses tempos, cuja sua proprietária cozinhava maravilhosamente e ali, também habitavam todos os seus familiares.

A porta a seguir era dos Fiscais da Câmara, que servia de reuniões, assim como resguardo das alfaias e nas horas vagas faziam artesanalmente as vassouras de giestas, para varrerem as ruas.

As últimas três portas eram usadas pela família Joaquim da Bemvinda, com os seus inesquecíveis estabelecimentos, nos ramos de comidas e bebidas, que passou a ser considerado como o melhor comerciante de venda de vinho ao copo do CONCELHO.

Começou por ir ao encontro desse maravilhoso vinho e tonante nas áreas de Conlela, Casal Velide, Quintas  e outros lugares que o produziam.

Arlindo Gomes