A Estrada Nacional, 224 (hoje Avenida Infante D. Henrique), com várias alterações em todo o seu percurso, moradias e estabelecimentos, que com decorrer dos anos, foram sofrendo modificações nas famílias e nos seus Comércios.
O original torreão, onde era Café, Bilhares e Restaurante “Viúva Ribeiro & Filho Lda.”, passou a ser, nos fundos, o Talho do senhor Avelino Gomes.
O torreão pertença da banda de musica, e continuando a subir a estrada, tínhamos a tia Laura com a sua frutaria, depois o habitar e sapataria da família Claudino.
Nas três seguintes portas era a Oficina Lusitânia de Umbelino Fuste, com todo o tipo de motos, motorizadas, pedaleiras e seu aluguer aos adolescentes dessas épocas por dez tostões à hora.
Onde se situava o Cinema Progresso, passou a ser a” Barbearia do senhor Fernando Ferreira, para depois e antes do portão de acesso ao Mercado, era a casa de louça de barro do senhor Almiro Pucareiro do Barbeito.
Depois de deixarmos o portão e continuando a subida pelo saudoso Mercado, tínhamos nas primeiras portas o maravilhoso estabelecimento familiar do senhor Dário, para depois termos a casa de Fruta da Tia Amélia Freire, e nas seguintes o tio António Bandeira com mesas para aluguer aos dias de feira.
As seguintes eram ocupadas pelo senhor Almeida Vista-Alta, com as bombas de combustível de marca MOBIL, assim como ocupava todo o torreão com um completo sortido de peças para carros de todas as marcas.
O MERCADO, que alguns senhores do poder, fanáticos, ignorantes, não conheceram fronteiras nem limites e mandaram derrubar este saudoso e útil, que durante anos esteve ao serviço de toda a comunidade do Concelho e do País.
E muitas vezes sem ter em conta as pessoas e o passado histórico. Enfim, aquilo a que já estamos habituados e também se vê por aí… Em alguns casos como o foi este puro desperdício. Milhões que podiam ser melhor repartidos em Estruturas do Concelho e mantinham, com menos gastos, a recuperação deste que foi o cartão de visitas de todos nós.
Depois e no centro tínhamos o inesquecível Poste das quatro luzes, em ferro forjado, com os quatro braços e suas lâmpadas.
Mais tarde foram colocadas umas placas que indicavam as direcções de Sever do Vouga e outras, assim como à nossa esquerda indicava Arouca e outras.
Aos dias de feira, esta rua era totalmente ocupada por barracas, com diversos produtos e à atenção do seu possível comprador e era também nesta rua, que se comercializava e saboreava, depois de confeccionado, aquele maravilhoso peixe que era frito em tachos de ferro e colocados nas trempes depois de receberem molhos de lenha para preparar esse delicioso peixe que nos proporcionava uma refeição completa e eficaz junto com o maravilhoso pão de UL e o jarro de vinho verde tinto, que saía da torneira que se apresentava no topo do pipo e nos delirava com o chilrar da mesma, quando se movimentava a sua abertura e no seu fecho.
O vinho e o pão, assim como o peixe, tinham uma qualidade maravilhosa e por muitas horas nos deixava uma completa satisfação e num aspecto saudável, após esta refeição, também era comercializado este espetacular peixe que vindo dos lados de Ovar e Loureiro de Oliveira de Azeméis, por pessoas especializadas nestas confecções depois de bem fritos, os vendiam embrulhados em papel de mata-borrão, à unidade, para se levar para casa ou então para uns convívios de amizade.
Mais tarde este mesmo peixe e sua preparação, começou por ser preparado por pessoal de CAMBRA: o senhor Custódio, do Novo Mundo e sua família, que, além das feiras, o comercializava em Festas e Romarias.
Cambra no passado, sempre teve a sua tradição, No bom vinho, castanhas, queijo, manteiga e vitela assada; Recordar hoje, essa tradição, é o testemunho da verdade, Ficará em escrito para sempre deu trabalho, Mas no seu custo não é NADA