O Gato Voador

Que foi criado e domado, pelo saudoso senhor Álvaro do Café, que foi um digno empregado durante longos anos no mesmo no Mercado Municipal.

O Gato Voador

Como expectante ao acontecido é o senhor Camilo do Claudino, que além de cliente assíduo ao estabelecimento entre ambos existia uma grande amizade.

Este gato deixou memórias já em livros, como o “ Equilibrista “,por tudo o que ele, fazia a mando do seu dono-domador.

Sempre que o senhor Álvaro se deslocava para a Adega, apanhar vinho para o Café, este animal dócil o acompanhava, a Adega era nesses tempos nos fundos da casa do senhor Almeida Pranta (hoje os C.T.T.).

Como equilibrista deve-se ao seu dono, que o obrigava a ir apanhar a comida na sua própria mão e depois de a saborear, ficava hospedado no frigorífico e atento a todo o movimento do café e do seu tratador, que quando em horas vagas o chamava e este gato inteligente, se lançava de imediato para o seu arregaçar, mostrando ao seu domável tratador, que gostava imenso dele e assim o testemunhou por vários anos.

Este saudoso senhor Álvaro do Café, hoje é muito digno deste meu memorando, pela sua sempre pronta amizade e o seu saber para com todos os clientes, mas muito mais para com todos nós que diariamente estávamos com ele, na cozinha, nos reservados na esplanada e mesmo muitas vezes na Cave.

O Gato Voador

Após casado, pensou em se tornar proprietário e patrão, o que aconteceu, montando o seu primeiro Café no prédio da Pensão Cambrense, com “ Café Cambrense “,e na sua maioria todos nós seguimos com ele e começamos por serem contínuos clientes diários, dando prova da nossa amizade para com ele, de aquando ele era um fiel empregado do senhor Leonel do Café, no velho Mercado Municipal.

O Gato Voador

Ainda hoje sinto saudades daquelas malgas de salada de atum, cebola, azeitonas,rodelas de tomate e azeite que ele, tão bem as preparava e colocava, na nossa frente e encima daquelas mesas se vidro e palha, que se estacionavam debaixo das arvores junto das casas do senhor Manuel Cubal e senhor Manuel dos Panos.

Todos comíamos da mesma malga e cada um com o seu garfo, acompanhado daquele maravilhoso vinho vindo dos lados de Conlela, CasalVelide, Quitas e outras localidades, que nas garrafas de litro e de rolha de tarraxa, eram largamente comercializada no Café Avenida.

E depois de consumida este amizade fraterna entre todos nós, no final se colocava todas as moedas que tínhamos nos bolsos e assim se procedia ao pagamento final.

“ Memorar este senhor Álvaro, assim como o gato,
Do velho Café Avenida; são momentos inesquecíveis,
Que todos nós nesses tempos ,cruzamos em nossa VIDA “ !!!

Nota: As fotos a cores foram coloridas, sendo as originais a preto e branco.