O Alto da Felgueira de Arões

O recordar é viver e nesta casa da Floresta, assim como o pastor de gado a partir dos anos “Sessenta”, que hoje o recordo de imensa saudade, pelas tantas vezes que por aqui passei e que foram algumas também que penetrei nesta casa da Floresta, ocupada nesses tempos pela família vinda de Quintela, assim como naquela que era guardada e ocupada pelo seu guarda e saudoso senhor Amadeu e família.

O Alto da Felgueira de Arões

Aqui, juntamente com o meu pai, foram algumas vezes que ali tomamos, uns cafés e umas malgas de leite, extraído dessas cabras e ovelhas, que eram guardadas pelo olhar fixo dos idosos e crianças, no seu percurso diário logo após o romper do dia, deixando-as deslizar pela floresta imensa que circundava este “Alto da Felgueira”.

Com o passar dos tempos todas estas coisas, que a natureza nos ofereceu, assim como a coragem do ser humano, que nos oferecia e se vivia com inteiro entusiasmo e nos proporcionava condições mais dignas, mais pureza e que nos oferecia muita mais segurança na vida e nas coisas.

Muitos destes povos , deixavam as chaves nas portas da sua loja ( Adega do vinho e outros haveres), para qualquer cidadão se servir em liberdade e iniciar a sua rotina, que inicialmente tinha projetado.

O Alto da Felgueira de Arões

Hoje: não o é permitido, porque a evolução da vida e das coisas sofreram alterações no seu todo.

Estas casas estão abandonadas, as florestas, deixaram de terem a sua guarida, assim como a liberdade na abundância de todo o tipo de gado, causando mais miséria nas suas aldeias e suas gentes, no passado muitas das aldeias desta freguesia de Arões, tinham centenas de cabeças de gado Ovino e caprino, nos seus currais, multiplicavam-se e depois vinha até às feiras de Cambra, em rebanhos às centenas e tocadas pelos seus compradores de então como o foi largos anos o saudoso e competente negociante destes animais o “ Tio António do Outeiro (Gestoso), que os destinava exclusivamente para o senhor Adelino Gaião de Loureiro-Oliveira de Azeméis.

          “ E deste Alto da Felgueira, que tantas vezes,
          Por ti eu passei; vou deixar este memorando,
          Em publico na Biblioteca para acesso a todos,
          O amante da cultura geral, analisar estas verdades,
          Que eu, há tantas décadas por ali passei” …