Casa das Cerejeiras

É em Macieira de Cambra, que no passado tinha um logradouro espaçoso e era ocupada pela sua principal dona, a Dona Marinha e seu filho Lopes, que no nosso meio assim o era tratado, quando deslizava pela ruas e estacionava com o lindo carro de marca “ Desoto de cor preto “, acompanhado da sua bela figura e sempre muito charmoso, a corresponder com o carro que sua mãe lhe tinha oferecido, assim como toda a sua liberdade em usa-lo e movimentar a fortuna que a dona Marinha, tinha no nosso Concelho. Passados alguns anos, esta senhora, travou conhecimentos com um senhor de nome “ Figueiroa “,que chegou a Macieira- a- Velha e nesta maravilhosa casa, rapidamente começou por criar ideias inovadoras e neste prédio começou por trabalhar a “ Casa das Cereijeiras”, como Pensão, manejando com qualidade este local e a suas gastronomias com referência para visitantes, Empresários, que se juntavam aos nossos, sempre com a intenção em celebrarem negócios.

Casa das Cerejeiras

Assim continuou por mais alguns anos, esta empresa que tinha fundado, com a sua elevada mestria, trato fino e de elevados conhecimentos.

Depois esta mesma Pensão, foi tomada por exploração, pelo senhor Amadeu Moreira, que tinha vindo em definitivo da Inglaterra, para a sua habitação em Coelhosa-Castelões, com sua família, começando por fazer aquilo que sempre gostou, que foi a Restauração em Portugal e Inglaterra.

E como o tempo tudo nos leva: esta dona Marinha, com sua morte, o seu filho Lopes e família, começaram por venderem muitas das suas propriedades e esta casa e logradouro, passar a ser pertença do senhor Manuel Cubal, “ Que foi o maior Comercial de Vale de Cambra, nestas épocas “…

Ficando em partilhas, para a sua filha doutora, que habita acidentalmente com sua família em Lisboa. E vai mantendo a sua manutenção desta que foi nesses tempos a melhor Pensão de Vale de Cambra.

Casa das Cerejeiras

DeSoto : carro maravilhoso, memorável e de tradições familiares, que também veio a ser vendido ao senhor “ António Cândido ( Vista Alta ), e cujo o seu final acabou na praça, como carro de aluguer, ao lado das saudosas “ Arrastadeiras Citroën “, que largos anos tivemos junto do velho Café Avenida, nos anos de Cinquenta, para Sessenta.