Memorar o Caminho da Fábrica de Esmalte (hoje rua da Fábrica)
No passado assim era o seu trato, o caminho da Fábrica de Esmalte.
Hoje e passados tantos anos, já composta com mais algumas moradias e seus donos, que recentemente se foram instalando por volta dos anos cinquenta e seguintes, juntando-se a estas que existiam à décadas até ao final do caminho, para com a Rua Doutor Domingos de Almeida Brandão, casa do senhor Almeida (Pranta), e ainda a famosa Fábrica de Esmalte.
Ao descermos em sentido contrário, da casa do senhor Almeida (Pranta, hoje os C.T.T.), depois propriedade do seu filho Delmiro de Almeida e família, cuja primeira casa foi mais tarde a Gráfica Cambrense, e na seguinte casa, foi a fundação dos Tecidos do Caima, dos quais o senhor Delmiro, também fez parte dessa sociedade, terminada passou a Restauração, com vários exploradores e que ainda hoje trabalha com o símbolo de “ Colher de Pau”. Depois deste prédio ligado à Restauração.
Existiam somente cinco habitações até à actual rua do Hospital. Voltando à nossa direita e subindo para o final do caminho da Fábrica de Esmalte, (hoje a rua da Fábrica), tínhamos a Quinta do Manuel Cubal (hoje o nosso Centro de Saúde), e de seguida estas casas e seus habitantes, conforme o mostra as fotas.
Dando o seguimento da extraordinária Fabrica que entre nós e nível do país, foi das coisas melhores nestes setores de Latas e caixotaria, que foi e ainda trabalha, que foi o “Almeida & Freitas Ldª “.
Falar do Passado, é motivo para lembrar e ao mesmo tempo, valorizar os seres humanos, que na sua maioria eram portadores de baixos conhecimentos literários mas que já possuíam um entendimento moral, para não prejudicaram os outros, então nestas fábricas de elevado movimento mandaram construir estas enormes “ Chaminés “, para que as suas descargas de fumos não fossem ao encontro dos bens e da saúde dos vizinhos mais próximos das mesmas Empresas e as quatro enormes “ Chaminés que ainda hoje se encontram de pé, como esta da foto, foram durante longos anos o despertar, a hora de almoço e de fechar, com toques vibrantes, às sete e meia da manhã, meio dia e encerravam às seis horas, toque esse que encantava e motivava a muitos Cambrenses o início da sua luta diária, para os seus empregos e mesmo para os campos e matos das nossas terras.
As chaminés continuaram até quando de pé, porque os seus toques memoráveis, já lá vão à muitos anos e creio que não tocaram mais produzidos pelo vapor das suas caldeiras, que além desses toques movimentava muita máquina, para as suas produções.
“ Chaminés de alta envergadura, que em Cambra temos,
Por moralidade e prestígio Municipal mantenham-nas intactas ,
E não as deixem derrubar; é o honrar das nossas primitivas Empresas,
E às novas gerações e ao seus familiares para sempre os Memorar “ …