por Arlindo Gomes
Estas imagens, dizem respeito aos anos cinquenta, com a vista geral da nossa Vila, hoje Cidade, do Fontanário Publico do Côvo-Castelões, com água cristalina, pura e muito usada pelos locais e passantes, que ali paravam propositadamente para encherem vasilhas de vidro e barro, para levarem para suas casas, utilizando-a para todo o tipo de consumo.
Décadas passadas, recordar e apresentar estas imagens desses tempos, é gratificante e principalmente para as novas gerações verificarem como era as suas terras e belezas que constituíam o nosso maravilhoso “ Vale”…
Vista Parcial a partir do Miradouro das Baralhas, que nos foca toda a sua beleza e encanto a partir dos anos cinquenta, com todas as verduras e colheitas, que se amanhavam drasticamente pelos homens e mulheres das épocas e alguns jornaleiros assim como muitos caseiros, que eram contratados de vários pontos do País, para tratarem cuidadosamente destas maravilhosas Quintas e Campos de lavradores abastados.
Vemos também nesta imagem a famosa “ Fábrica do Martins & Rebelo “, que foi durante longos anos uma potência Nacional, no fabrico de queijos, manteigas e seus derivados, assim como a criação de suínos, em larga escala e muitos deles para abate e sempre com os bois de cobrição de raça turina e de qualidade selecionada.(hoje e por falta de mãos e caráter humano, das pessoas destes tempos modernos, tudo isto, que foco está ao abandono e à disposição de toda a bicharada)…
Outra vista parcial a partir do Outeiro, foca-nos estas verduras bem alinhadas e tratadas, assim como aquelas medas feitas de palha do milho, que iriam alimentar os bois e vacas, que nesses tempos haviam às centenas em terras de Cambra, produzindo imenso leite, crias e os bois sempre prontos para as fainas, lavras e todo o tipo de trabalho, que os seus donos e tratadores (caseiros), deles necessitavam do carro de madeira ou ferro e seguiam duramente o seu serviço que lhes estava sempre destinado, todo o tipo de serviço, que para tal, eram contratados e que no dia e hora combinada, não falhavam.
E quando algum dos seus bois necessitava de um arranjo dos seus sapatos (Ferradura), lá estavam com eles no tronco do “Tio Adriano do Ferrador e Filhos”), para lhe serem substituídos esses sapatos, que já tinham sido gastos pelos seu serviços prestados, pelos caminhos, carreiros e estradas do nosso Vale de Cambra.
“Cambra do Passado, que tua beleza, Sempre encantou; te consideraram como, A Suíça Portuguesa, por alguém que Deus já chamou“.