Assim se varria Cambra

Assim se varria Cambra

Mulheres e homens originais das nossas terras, chamados cantoneiros Camarários, como na foto o apresenta as mulheres “ Tia Maria do Conde e Isaura Sardinheira”, que as acompanhavam a tia Olívia, Alice do Evaristo e Irene,   assim como os homens “ Tio Crespim, Manuel Raposo, Manuel Pinho, Manuel Borges, naturais de Algeriz e de Castelões que com estas vassouras e outras que eles, faziam na Casa dos Cantoneiros da Câmara, que se situava no velho Mercado Municipal e com giestas verdadeiramente escolhidas para tal efeito, e que varriam eficazmente  toda a nossa Vila.

E depois de passarem rua após rua, deixavam uns montes de lixo e de distância em distância eram apanhados por este tipo de carro e descarregavam no Camião Volvo, que era conduzido pelo saudoso Isac que depois de totalmente cheio, o descarregava na Lixeira em Codal.

Estas duas varredeiras que mostra a foto, eram naturais da Formiga-Castelões, muito humildes, sérias e formadas com muita qualidade nos seus lares e a dona Isaura ainda nas suas horas vagas, pegava na caixa de sardinhas e na sua cabeça apregoava de lugar em lugar, vendias até chegar ao seu habitar.

Sentia muito prazer em tudo aquilo que todos os dias fazia para o bem de si e dos seus e testemunhavam que o amor é um sonante nas nossas vidas e das pessoas.

Também sentiam orgulho em tudo que se proponham a fazer, com elevada educação e muito respeito, dando imenso motivo a que todos estes cantoneiros fossem muito considerados por nós Cambrenses.

“E como no passado já se dizia,
Que ele não reza à história; mas eu deixo,
Para os meus e em público,
Tudo isto que fica em Memória“.