Já neste tempo, antes de penetrarmos no acesso à Igreja, para assistir às homilias e tudo o que ter Fé, de verão deixávamos sombrear debaixo da enorme carvalha centenária, que existia antes da Igreja e foram muitas as vezes que se colocavam, na mesma panfletos pregados com pregos ou tachas, a anunciar causas sucedidas, nessas épocas.
O falecido António Tavares de Bastos, do lugar de Areias, mandou fazer o primeiro cemitério, à entrada do Pinheiro Manso, com Areias e ofereceu para a Igreja, numa acta da junta de 10/08/1878.
Passados sete anos (7), o Comendador Francisco Tavares de Bastos, também de Areias, mandou reformar esta primeira Igreja, na frontaria, no ano de 1885.
Tivemos nesta nossa Freguesia, muitos e bons beneméritos, mas os que mais se empenharam pela suas terras foram os: Joaquim Henriques Tavares de Bastos, de Areias, e Abílio Martins de Pina, de Coelhosa, bastante influenciados pelo Revº. Padre da Freguesia, Joaquim Manuel Tavares, natural de Cabril, contribuíram imenso para o alargamento do Adro e do Cemitério, assim como o forro e soalho da Igreja. Tudo isto no ano 27/09/1885.
Depois o segundo: Abílio Martins de Pina, que também cedeu o terreno e mais cinco contos, para a construção da Escola dos Dois, Pinheiro Manso.
O Terceiro Benemérito, foi o Dr. António Joaquim de Matos, da Quinta das Ordens, que mandou construir, no lugar da Lombela, um edifício para o Hospital da Freguesia e além desta oferta, também legou muitas das suas propriedades à Camara Municipal, para contribuir com o sustento do mesmo enquanto fosse vivo. Pela sua morte revertia com os seus rendimentos a favor do Hospital, dos quais não foram suficientes para o mesmo chegar a funcionar.
Outro benemérito muito creditado e hoje lembrado, foi o João Augusto Pereira Pinto, que era do lugar de Areias, mandou construir no ano de 1890, a Capela de S. Sebastião, no Mártir, e existiram mais de 50 (cinquenta anos), três camas no Hospital de Oliveira de Azemeis, a recolherem doentes mais pobres da sua Freguesia.
A Estrada, que sai da ponte da Gandra em direção ao lugar de Aguincheira, foi também fruto e muita influência do Dr. José Gomes de Almeida, da Casa do Cabeço.
BENEMÉRITOS: tantos foram, que em Castelões se salientaram ajudando e criando condições, mais favoráveis a todo aquele ser humano, que necessitava da sua ajuda, sem que lhe fosse retomado qualquer benefício em troca.
Esta Igreja do passado, se foi mantendo até aos anos de 1990, aquando lhe foi imposta do seu frontal outro (Pilar, torre), mandado construir pelo senhor Comendador Ilídio Pinho, como homenagem ao seu saudoso filho (Ilídio Pedro).
CASTELÕES, terra de nobreza e lindas paisagens, que muito se valorizou pela sua agrícola e população, tornando-a a mais importante do Concelho; ocupa os pontos mais pitorescos do Vale, com planície, campos férteis, nas colinas belas quintas e nas serras a Oeste e Sul muitas árvores e das quais com muita produção de Castanhas, Vinho e outras.
“Avante, Castelões;
Cantemos por Castelões,
Oh! Terra que sempre vences
Firme em nossos Corações.
Lá no alto tens uma Capelinha
Garbosa apontada aos céus
A Nossa Senhora da Saúde
A pedir Saúde, para os Filhos Seus …
Curva a servis a Beleza
A paisagem sem igual
Que tens tu por Natureza,
Chamas-te Princesa, de todo o PORTUGAL …”