António Martins Ferreira nasceu no lugar de Baçar, da freguesia, de Castelões, a 13 de Setembro de 1896. É filho de Manuel Martins, já falecido, e de Carolina Augusta Rosa de Almeida.
Eram seus avós paternos Manuel Martins e Ana Gomes de Pinho, de Baçar, e avós maternos António Joaquim Borges e Joaquina Rosa de Almeida, da Casa de Pedre, da freguesia de Rôge, todos Cambrenses de respeitabilidade, pelas suas excelentes qualidades de coração.
Seus pais educaram-no no trabalho e no caminho da honra e do dever; a sua infância passou-a a trabalhar nas propriedades dos seus progenitores; aos 21 anos, casou com Adelaide de Almeida Martins Ferreira, filha de Joaquim de Almeida Martins e Maria Rosa de Almeida, comerciantes no lugar de Lordelo, da freguesia de Vila Chã, e dedicou-se à indústria de lacticínios ; anos depois fundou a Sociedade Vinícola do Vale de Cambra, L.da, que conquistou créditos.
Em 1925 foi para o Brasil, mas, por falta de saúde, pouco tempo depois, teve de regressar à sua terra, onde ainda tentou, por alguns anos, o prosseguimento comercial e industrial, foi viajante, esteve estabelecido no Alentejo e, ùltimamente, montou uma fábrica de chocolates; mas a falta de meios e o agravamento de seus padecimentos, obrigaram-no a abandonar a sua actividade profissional, e foi então que, desprovido de recursos para manter o seu espírito de trabalho, empreendeu esta obra, que merece a simpatia de todos os Cambrenses, porquanto lhes há-de ser grata, pois é o melhor repositório das belezas e da propaganda da sua terra.
De há anos, António Martins Ferreira, sob o pseudónimo Quintiliano Negrão, vem sendo colaborador dos nossos JORNAL DE ESTARREJA e JORNAL DE CAMBRA, e nos seus artigos, sempre bem fundamentados e de forma bem esclarecida, e nos quais evidencia um espírito social, tem demonstrado estudo e inteligência, de que esta sua obra é mais uma revelação.
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Nestas humílimas palavras, vai o nosso parabém pela sua obra, fazendo votos para que ela seja bem compreendida e acolhida devidamente por todos os Cambrenses, e que o seu êxito seja para António Martins Ferreira o incentivo para que continue a produzir mais e melhor, a bem da sua terra e da com unidade.
CARLOS ALBERTO DA COSTA.